"A economia está a passar por um período complexo. A expectativa é que este ano caia - segundo as previsões que o Ministério da Economia ainda estuda - 8,8% e até 12,4% num cenário mais conservador", disse Alexei Kudrin, citado pela agência Interfax.
O ex-ministro das Finanças explicou que, mesmo que a economia russa permaneça nesse intervalo de contração, que descreveu como "muito complexo", enfrenta "incertezas muito grandes".
Kudrin realçou que a atual crise é maior do que a de 2009, quando o Produto Interno Bruto (PIB) russo caiu 7,8%.
"Todos devemos estar cientes de que estamos numa situação nova: no final deste ano, no próximo ano, ou seja, um ou dois anos, vamos viver uma situação muito complexa. Por isso, é muito importante avaliar as nossas forças e recursos", alertou.
Segundo Kudrin, considerando as políticas que permitiram à Rússia superar a crise de 2009 sem grandes perdas, cálculos preliminares indicam que este ano a inflação será de 20,7% e em 2023 cairá para 6%.
Perante os níveis de inflação, acrescentou, as tarefas das políticas sociais devem ser rapidamente especificadas: o que indexar, o que indexar antecipadamente e como distribuir os recursos.
Explicou ainda que, segundo estimativas preliminares, o plano do Governo de gastos adicionais prevê destinar mais de quatro biliões de rublos (55 mil milhões de dólares) a políticas anti-crise, ao apoio das empresas e da população.
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