Esta primeira estimativa do instituto nacional de estatística francês (Insee), hoje publicada, ficou aquém da previsão de crescimento de 0,3% feita pelo Insee na sua última previsão, no início de fevereiro, ainda antes do início da guerra na Ucrânia. Já depois do início do conflito, o Banco de França estimava, em 12 de abril, um crescimento de 0,25%.
"O PIB [...] tem a marca de dois choques exógenos que se combinaram", escreveu na plataforma Twitter o chefe do departamento da conjuntura no Insee, Julien Pouget.
Em comunicado, o Insee detalhou que a produção total aumentou 0,5% no período em análise, contra 1,0% no trimestre anterior.
Já as despesas das famílias "baixou significativamente" nestes três meses, passando de uma expansão de 0,6% nos últimos três meses de 2021 para uma contração de 1,3% entre janeiro e março.
Ao nível do comércio externo, as exportações aumentaram 1,5%, depois de um avanço de 3,5%, e cresceram mais que as importações, que ficaram com uma variação de 1,1% após subirem 3,2%.
A inflação homóloga aumentou 0,3 pontos percentuais em abril face a março, para 4,8%, para a taxa mais elevada desde 1985, anunciou hoje o INSEE.
Este aumento em abril deve-se, maioritariamente, à aceleração dos preços dos alimentos (3,8% em 12 meses), dos produtos manufaturados (2,7%) e serviços (2,9%).
O INSEE acrescentou que o aumento dos preços da energia não se agravou neste mês, mas que se mantêm em valores muito elevados.
Entre abril de 2021 e abril de 2022 os preços da energia aumentaram 26,6% em França.
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