No comunicado divulgado após uma reunião de dois dias, a Reserva Federal (Fed) indicou que se justificam outros aumentos no futuro.
As taxas de juro de referência nos Estados Unidos ficam agora entre 0,75% e 1%, indica o comunicado.
A Fed indicou também que vai começar a reduzir o seu balanço a partir de 01 de junho, uma outra medida de endurecimento da política monetária norte-americana para travar a escalada da inflação.
O banco central alertou que a guerra na Ucrânia e os confinamentos na China vão agravar a inflação e os problemas de logística.
A subida das taxas foi votada por unanimidade no comité de política monetária.
Os membros da Fed continuam a acreditar que a inflação se aproximará progressivamente da meta de 2% fixada pelo banco central, à medida que aumentam os custos do crédito, mas insiste que vai "manter-se particularmente atenta à inflação".
A inflação em março atingiu 8,5%, o nível mais elevado desde dezembro, segundo o Índice de Preços no Consumidor (IPC) divulgado pelo Departamento do Trabalho.
O comité sublinhou o impacto "muito incerto" dos fatores externos, como a invasão da Ucrânia pela Rússia, que "cria pressão adicional para a inflação, havendo ainda o risco de afetar a atividade económica".
Além disso, os confinamentos na China para travar os casos de covid-19 "são suscetíveis de exacerbar as perturbações na cadeia de abastecimento", refere o comunicado do comité de política monetária.
O banco central, que acumulou ativos no valor de cerca de nove biliões de dólares com as aquisições de obrigações do Tesouro e outros títulos, indicou também que vai começar a reduzir o seu balanço ao ritmo de 47,5 mil milhões de dólares por mês a partir do início de junho, acelerando para 90 mil milhões ao fim de três meses.
[Notícia atualizada às 19h51]
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