Plano de reestruturação da TAP prevê prejuízo de 54 milhões este ano
O ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, afirmou hoje que o plano de reestruturação da TAP prevê um prejuízo de 54 milhões de euros este ano e atingir lucro em 2025.
© Lusa
Economia Prejuízos
Pedro Nuno Santos está a ser ouvido na comissão parlamentar conjunta de Orçamento e Finanças e Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, no âmbito da apreciação, na especialidade, do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022).
Em resposta ao deputado social-democrata Paulo Rios de Oliveira, o ministro afirmou que "o que está previsto é que haja um prejuízo em 2022 de 54 milhões de euros".
Este número "é o que está previsto no plano de reestruturação, podemos ter melhor, espero que tenhamos melhor ainda, não pior", prosseguiu Pedro Nuno Santos.
"Está previsto 54 milhões de euros, tal como está previsto em 2023 a TAP atingir o equilíbrio operacional e em 2025 ter lucro", rematou o ministro das Infraestruturas e Habitação.
O deputado social-democrata questionou ainda o Governo sobre a escolha da empresa espanhola Ineco (Ingeniería Y Economía Del Transporte), detida em 51% pelo Estado espanhol, para desenvolver a avaliação ambiental estratégica do plano de ampliação da capacidade aeroportuária da Região de Lisboa.
"As dúvidas que têm eu também tenho e nós estamos a avaliar", disse Pedro Nuno Santos.
"Há um júri, onde nós não estamos [...], porque, obviamente, nós não interferimos no concurso e o júri não entendeu que havia conflito de interesses", afirmou o governante, sublinhando que se trata de uma questão que está a ser avaliada.
Questionado pelo deputado Filipe Melo, do Chega, sobre ineficiências da gestão da TAP, exemplificando com o custo de uma maçã num avião da TAP, que, segundo o deputado, custa à companhia aérea 1,35 euros, Pedro Nuno Santos defendeu que o Estado deve comportar-se como acionista e não como gestor.
"Temos que acompanhar a gestão, a apresentação de resultados. Até ver, nós temos uma empresa que está a ser bem gerida, estão a cumprir aquilo que o Estado português lhes pediu e é isso que é suposto", apontou o ministro.
"No dia em que começarmos a interferir em decisões correntes, do dia, da empresa, nós vamos fazer asneiras gravíssimas. [...] De qualquer forma, vou perguntar sobre a maçã", acrescentou Pedro Nuno Santos.
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