TAP. Sitava pediu reunião ao Governo por causa da mudança de instalações
O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava) pediu uma reunião ao Ministério das Infraestruturas e Habitação devido à hipótese de a TAP se mudar para instalações alugadas e tem "muitas dúvidas da viabilidade económica" da iniciativa.
© Global Imagens
Economia TAP
"Temos muitas dúvidas da viabilidade económica disto. Se os edifícios estivessem a cair não estavam lá a trabalhar as pessoas todos os dias, como é evidente", disse fonte oficial do Sitava, em declarações à Lusa.
"Quanto custa alugar um prédio em Lisboa para 1.200 pessoas?", questionou, acrescentando que "o real objetivo" é "esfrangalhar a TAP, partir em bocados, dividir".
"Isto depois também tem uma data de repercussões relacionadas", disse, perguntando "o que vai acontecer ao infantário da TAP? Ao refeitório?".
A mesma fonte sindical disse que "não há recompensa possível" aos trabalhadores, referindo que "a empresa está a navegar à vista".
"Não tivemos nenhum contacto da Comissão Executiva, contactámos o Ministério e ficamos a saber que era um tema e pedimos reunião" à tutela, referiu, defendendo ainda que um dos objetivos "é vender os terrenos onde estão os edifícios".
A Comissão Executiva da TAP confirmou hoje que está a avaliar a hipótese de mudar de instalações devido aos "custos para a manutenção indispensável" se revelarem "muito elevados face à antiguidade", segundo uma mensagem interna a que a Lusa teve acesso.
"A Comissão Executiva confirma que está a ser avaliada a possibilidade de mudança de instalações dos serviços de terra da companhia que não exigem contiguidade com o aeroporto", lê-se, na mesma nota.
Segundo a gestão da TAP, "esta hipótese decorre do levantamento de custos para a manutenção indispensável devido à deterioração dos atuais edifícios que a empresa ocupa junto ao aeroporto Humberto Delgado [em Lisboa] e que se revelam muito elevados face à antiguidade das instalações".
Esta semana, numa comunicação interna a que a Lusa teve acesso, a Comissão de Trabalhadores (CT) disse que a TAP está a equacionar uma mudança para instalações alugadas, depois de uma vistoria aos edifícios da companhia ter concluído que precisam de obras estruturais que podem chegar aos 50 milhões de euros.
A estrutura deu conta de uma reunião com a presidente executiva (CEO) da TAP, Christine Ourmières-Widener, no final de abril, em que lhe foi comunicado que "se está de novo a ponderar mudar os trabalhadores daquilo que é designado por sede de instalações", sendo que "já se anda à procura de um edifício suficientemente grande para albergar mil e duzentas pessoas, que esteja situado num raio de cinco/seis quilómetros do aeroporto", indicou.
De acordo com a CT, "a razão apontada é uma razão de segurança", tendo em conta que "foi feita uma vistoria aos edifícios e chegou-se à conclusão de que estão muito frágeis e a precisar de obras estruturais que se não forem feitas podem pôr em causa a integridade física de quem lá trabalha".
A estrutura referiu ainda que "estas obras rondam os 40/50ME [milhões de euros]" e que, "segundo a administração, fica então mais económico arrendar um edifício, uma vez que daqui a três ou quatro anos vai tudo mudar para Alcochete (novo aeroporto), além de que se poupam cerca de dois ME em parqueamento do pessoal de bordo, que passaria a estacionar no reduto".
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