"O primeiro hotel 5 estrelas do Alto Minho vai abrir na freguesia de Badim, com 67 quartos, salas de festas com capacidade para 180 pessoas e todas as condições de uma unidade hoteleira com esta classificação. O investimento ultrapassa os cinco milhões de euros e vai criar, numa primeira fase, 20 postos de trabalho", afirmou António Barbosa.
O autarca social-democrata, que falava aos jornalistas no final da apresentação, em Valença, da segunda fase dos concursos para atribuição dos direitos de exploração sobre imóveis do domínio público ferroviário, disse que a "vontade" do promotor é abrir o hotel no dia 30 de junho.
"Não acredito que seja possível, mas que abre este ano é uma realidade que já me deixa muito feliz", afirmou, adiantando que o promotor "já tem alguns investimentos em Arcos de Valdevez, como o hotel Ribeira".
António Barbosa acrescentou que o processo de licenciamento de outro projeto turístico "já entrou no município", reflexo do "interesse" que a região tem vindo a despertar junto de "investidores de fora" do distrito de Viana do Castelo.
Sobre o novo projeto escusou-se a adiantar pormenores, referindo tratar-se de uma unidade "completamente diferenciadora e uma grande alavanca não só para Monção, mas para todo o Alto Minho".
"Este território tem feito um caminho extraordinário, como mostram os números do turismo que dizem que continuamos a crescer de uma forma brutal e precisamos de mais camas. Esse é um desafio aos privados, porque hoje os turistas procuram os nossos territórios porque temos tudo para oferecer", sublinhou.
Como exemplo das condições que a região tem para oferecer, António Barbosa apontou a natureza, a gastronomia e "o vinho da sub-região Monção Melgaço que cresce acima dos dois dígitos, há já vários anos consecutivos, com o turismo a acompanhar essa tendência".
"O Alto Minho tem condições magníficas para oferecer ao turismo mantendo o que os nossos antepassados nos deixaram. Estes investimentos são importantes para a valorização do nosso território, mas acima de tudo mostra que são investidores de fora a dizer que este território tem condições para conseguir garantir e atrair outro tipo de turistas à região", frisou.
"É uma evidência do que está a acontecer no território como um todo. Neste caso particular fomos nós a ser bafejados com a sorte. Tenho a certeza que outros investimentos surgirão no seguimento deste", insistiu.
Para o autarca social-democrata, os operadores turísticos "olham hoje para o território como uma mais-valia por perceberem que o turismo procura muito mais do que praia. Portugal hoje é muito mais que sol e mar. É natureza e segurança. Essas condições podem alavancar não só o turismo, mas para a atividade empresarial", destacou.
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