Neste período, o índice de produtibilidade hidroelétrica (das barragens) registou 0,35, muito abaixo da média histórica que é igual a 1, o índice de produtibilidade das eólicas foi 0,95 (média histórica igual a 1) e o de produtibilidade solar 1,06 (média histórica igual a 1).
"Apesar do muito reduzido valor de hidraulicidade, a produção renovável abasteceu 49% do consumo de energia elétrica entre janeiro e maio, repartida pela eólica com 26%, hidroelétrica com 12%, biomassa com 7% e fotovoltaica com 5%. A produção a gás natural abasteceu 30% do consumo, com os restantes 21% a corresponderem ao saldo importador", precisa a REN.
Segundo os dados da REN - Redes Energéticas Nacionais, no acumulado dos primeiros cinco meses do ano, o consumo de energia elétrica cresceu 2,7%, ou 3,0% com a correção do efeito da temperatura e dias úteis.
Considerando apenas o mês de maio, o consumo de energia elétrica "manteve a tendência de crescimento dos últimos meses", registando uma variação mensal homóloga de 2,9%, ou de 1,9%, com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis.
Ainda neste período, o regime hidroelétrico manteve-se seco, com um índice de 0,42 (média histórica igual a 1), tendo o regime eólico, também, apresentado um valor abaixo da média histórica (0,88).
"Apenas o regime fotovoltaico ficou acima dos valores médios, registando 1,05 (média histórica igual a 1)", nota a REN, acrescentando que, "ainda em maio, a produção renovável abasteceu 45% do consumo, a não renovável 33%, enquanto os restantes 22% corresponderam a energia importada".
Já no mercado de gás natural, registou-se em maio um crescimento de 3,2%, em "resultado de uma quebra de 22% no mercado convencional, compensada pela subida no segmento de produção de energia elétrica, que registou um aumento homólogo de cerca de 70%".
De acordo com a REN, "o abastecimento foi efetuado integralmente a partir do terminal de GNL [gás natural liquefeito] de Sines, mantendo-se exportações através da interligação com Espanha, que representaram este mês cerca de 16% do consumo nacional".
De janeiro a maio, o consumo acumulado anual de gás natural "esteve praticamente em linha com o verificado no mesmo período do ano anterior", registando um crescimento global de 0,2%, resultado de uma quebra de 23% no segmento convencional e de um crescimento de 67% no segmento de produção de energia elétrica.
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