Empresas norte-americanas em Xangai antecipam queda nas receitas este ano
Um quarto das empresas norte-americanas em Xangai está a reduzir os investimentos e quase todas antecipam queda nas receitas este ano, segundo os resultados de um inquérito hoje publicado, que expõe o impacto das medidas de prevenção epidémica.
© Reuters
Economia Xangai
A "capital" económica da China sofreu um bloqueio de dois meses, em abril, face ao pior surto de covid-19 registado na China, desde o início da pandemia. A cidade é sede do porto mais movimentado do mundo e de várias multinacionais que operam no país asiático.
Apesar de uma recuperação geral da atividade no início de junho, 25% das empresas norte-americanas estão a rever em baixa os seus investimentos para este ano, segundo a Câmara de Comércio dos Estados Unidos na cidade.
De acordo com o inquérito, que abrangeu 133 empresas, mais de 90% disseram esperar uma queda no faturamento este ano.
As medidas de confinamento tiveram um "impacto profundo" na atividade das empresas inquiridas, observou o presidente da Câmara de Comércio dos Estados Unidos em Xangai, Eric Zheng, apelando às autoridades locais para que "restabeleçam a confiança" na comunidade empresarial.
No início de junho, apenas 35% das empresas norte-americanas inquiridas estavam a operar em plena capacidade, apesar do levantamento das medidas de bloqueio, segundo a Câmara.
A China é a última grande economia mundial a manter uma estratégia de tolerância zero à covid-19, que inclui o isolamento de todos os casos positivos e o confinamento de distritos ou cidades inteiras, assim que são detetados casos da doença, apesar dos crescentes custos económicos.
A agência de notação financeira Fitch baixou também a sua previsão de crescimento para a economia chinesa este ano para 3,7%.
Este número está bem abaixo da meta de "cerca de 5,5%", estabelecida por Pequim.
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