Falando em conferência de imprensa no final da cimeira da NATO, que decorreu em Madrid, Sánchez afirmou que o Governo vai apresentar ao parlamento uma proposta para que Espanha atinja em 2029 aquela percentagem, como determinado pela Aliança Atlântica.
O primeiro-ministro espanhol considerou que o aumento dos gastos militares deve fazer parte de "um acordo que transcenda as questões ideológicas" e sublinhou que a consequência mais importante da cimeira da NATO foi a mensagem de unidade passada pelos Estados-membros da aliança.
Sánchez insistiu que atingir esses 2% -atualmente os gastos com defesa mal ultrapassam 1%- é um compromisso com a Aliança e a União Europeia e um objetivo a alcançar porque a segurança mundial e europeia, disse, mudou este ano com a invasão russa da Ucrânia, desencadeada a 24 de fevereiro.
"O mais importante desta cimeira foi a imponente mensagem de unidade e coesão que enviámos", referiu, acrescentando que "a Espanha atingiu os seus objetivos" na reunião da Aliança em Madrid.
O chefe do Governo espanhol sublinhou ainda que a Rússia, presidida por Vladimir Putin, é hoje "uma ameaça real" e que a invasão ilegal da Ucrânia causou uma "mudança tectónica" no panorama internacional em apenas cerca de quatro meses.
Sánchez referiu-se também à defesa dos territórios espanhóis no Norte de África, Ceuta e Mellila, poucos dias depois de cerca de duas mil pessoas terem tentado entrar em Espanha através de Melilla, o que causou a morte de pelo menos 23 migrantes e ferimentos em 140 polícias.
"Cada centímetro dos territórios dos países que pertencem à Aliança será defendido", garantiu, lembrando que Melilla e Ceuta são considerados por todos como território espanhol.
"Este debate é mais artificial do que real", acrescentou.
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês), já tinha afirmado que a Aliança Atlântica irá "proteger os seus membros face a qualquer ameaça", respondendo a questões sobre a segurança em Melilla e Ceuta.
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