Portugueses mais digitais e "teletrabalho parece ter vindo para ficar"
Os dados recolhidos pela organização de defesa do consumidor mostram que "para muitos portugueses, a pandemia ficou marcada por um salto tecnológico":
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Economia Teletrabalho
A pandemia levou a que os portugueses se tornassem mais digitais e o teletrabalho passou a ser uma realidade que, em alguns casos, veio mesmo para ficar, conclui um estudo da Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO).
"Constatámos que várias aplicações e plataformas online começaram a ser usadas pela primeira vez devido à pandemia. Também as compras e as videochamadas pela internet passaram a ser mais usadas, e muitos inquiridos têm mantido o recurso a estas soluções. Quanto ao teletrabalho, em regime híbrido ou total, parece ter vindo para ficar em muitas empresas, dado o impacto, em geral, positivo que tem em vários aspetos da vida dos trabalhadores", pode ler-se no comunicado da DECO.
Os dados recolhidos pela organização de defesa do consumidor mostram que "para muitos portugueses, a pandemia ficou marcada por um salto tecnológico":
"Verificámos que 32% dos inquiridos compraram, pelo menos, um equipamento devido à pandemia. Na faixa etária dos 18 aos 39 anos, a percentagem foi de 37%. Já nos lares com crianças, 43% compraram aparelhos e, entre os estudantes, foram 46% os que tiveram de investir nalgum tipo de equipamento", pode ler-se na mesma nota.
Teletrabalho veio para ficar?
Para muitos foi uma experiência nova, mas a verdade é que o teletrabalho permitiu que muitas empresas continuassem a trabalhar durante a pandemia e há quem tenha 'adotado' este regime:
"É curioso verificar as mudanças que ocorreram a este nível: a proporção de inquiridos que podem trabalhar remotamente passou de 27%, antes da pandemia, para 75%, atualmente. Os dias de trabalho em casa variam, sendo que 28% dos que nos responderam indicaram fazê-lo mais de cinco dias por semana, o que significa que, nestes casos, o teletrabalho é a regra", revela a DECO.
Impacto é positivo? "A produtividade, o equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional, a vida profissional em geral e o stress associado ao trabalho são os aspetos em que mais de metade dos inquiridos revelaram estar melhor. (...) A verdade é que o teletrabalho parece ter vindo para ficar, o que permite maior e melhor organização da vida pessoal e familiar".
Os dados da DECO têm por base um questionário realizado em março de 2022, "a uma amostra proporcional da população nacional entre os 18 e os 74 anos", tendo sido registadas 1.019 respostas, "que refletem as experiências e as opiniões dos participantes".
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