Segundo a 16.ª edição do relatório do Fórum Económico Mundial (World Economic Forum, WEF) sobre a igualdade de género, hoje publicado, em 2022, a Islândia está pelo 13.º ano consecutivo em primeiro lugar, seguida pela Finlândia, Noruega, Nova Zelândia, Suécia, Ruanda e Nicarágua.
Portugal ocupa a 29.ª posição, os Estados Unidos a 27.ª e os países asiáticos ocupam geralmente posições na metade inferior, incluindo potências como a China (102.ª), Japão (116.ª) e Índia (135.ª), num 'ranking' de 146 países, com a República Democrática do Congo, Paquistão e Afeganistão a fecharem a lista.
A nível geral, o relatório sublinha que o progresso global no sentido da paridade na economia, educação, saúde e participação política é tão lento que, ao ritmo atual, serão necessários 132 anos para colmatar o fosso entre os sexos.
Embora tenha havido uma ligeira melhoria nos últimos 12 meses em comparação com os 136 anos estimados em 2021, isto não compensa as quedas que ocorreram nos primeiros dois anos da pandemia, diz o WEF.
No domínio da participação política (deputados, ministros e chefes de Estado segundo o género) é onde a diferença é maior, segundo o relatório (22%), o que significa que a presença dos homens é quase quatro vezes superior à das mulheres em todo o mundo, um problema que, ao ritmo atual, levará 155 anos a ser resolvido.
Na participação económica (igualdade salarial, presença na força de trabalho, trabalhadores qualificados, etc.) a taxa é também relativamente baixa, de 60,3%, e o Fórum Económico Mundial estima que a paridade está a 151 anos de distância.
No domínio da educação (taxas de alfabetização, matrículas escolares, etc.) o índice está mais próximo da paridade, com um subíndice de 94,4%, embora o relatório calcule que ainda faltam 22 anos para a conseguir.
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