Seis em cada 10 empresas (62%) nacionais aceitaram, nos últimos doze meses, prazos de pagamento mais longos do que consideram razoável, de acordo com o estudo European Payment Report (EPR) 2022 da Intrum. Este valor, contudo, é inferior ao da média da União Europeia (UE), que está nos 75%.
O estudo revela ainda que a crise na Ucrânia "está a ter menos impacto em Portugal do que em outros países europeus, mas há preocupações com o aumento do custo de vida no país".
"Mais de metade das empresas (53%) afirma não possuir a experiência interna necessária para gerir com sucesso o impacto da inflação nos seus negócios", pode ler-se num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso.
Além disso, ainda há efeitos da pandemia a considerar: "46% das empresas portuguesas consideram que levará mais um ano, pelo menos, até que a pandemia deixe de ter impacto nos negócios".
Num contexto de incerteza, o estudo da Intrum revela que 64% das empresas portuguesas dizem estar "mais preocupadas do que nunca com a capacidade dos seus clientes pagarem nos prazos, valor em linha com a média europeia, que regista os 62%".
E há mais: "Quando questionadas, 41% dos inquiridos portugueses afirmaram que, se houver registo de outra crise no próximo ano ou dois, não haverá forma de gerir a tesouraria e os lucros como antes da pandemia".
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