Wall Street inverte tendência inicial e acaba por fechar em baixa
A bolsa nova-iorquina começou hoje a sessão em alta, mas acabou por dissipar os ganhos e fechou em baixa, a abrir uma semana carregada de resultados trimestrais de empresas.
© Reuters
Economia mercados
Os resultados definitivos indicam que o índice Dow Jones Industrial Average recuou 0,69%, o tecnológico Nasdaq perdeu 0,81% e o alargado S&P500 desvalorizou 0,84%.
Foi o tecnológico o primeiro a inverter a tendência, quando a meio da sessão a Bloomberg noticiou que a Apple tenciona reduzir as contratações e os investimentos para se acomodar ao arrefecimento da economia.
Outro setor a tremer foi o do imobiliário, depois de se saber que o índice de confiança dos promotores, da Associação Nacional de Construtores, teve uma baixa recorde de 12 pontos, para 55, em julho.
Os construtores de casas novas declararam-se pessimistas com as condições do mercado, quando as taxas de juro dos créditos imobiliários a 30 anos, a referência nos EUA, quase duplicaram em alguns meses para se situarem perto dos seis por cento.
"A fraqueza veio do setor da tecnologia. Os investidores tornaram-se prudentes. Estão desejosos de dados mais convincentes para terem a certeza que a época dos resultados não vai ser má", comentou Peter Cardillo, analista da Spartan Capital.
"Os investidores precisam de mais provas que as empresas dos EUA não estão em vias de gerir resultados negativos", preveniu.
Depois de vários grandes bancos, como Goldman Sachs e Citigroup que surpreenderam positivamente os analistas com os resultados que apresentaram, os investidores esperam esta semana os números do desemprenho trimestral de empresas como Netflix, Tesla, Twitter, Johnson and Johnson, Lockeed Martin e United Airlines.
No total, cerca de 12% das integrantes do S&P500 devem apresentar os seus números esta semana.
No mercado obrigacionista, o rendimento da dívida pública a 10 anos subiu ligeiramente, de 2,93% de sexta-feira para 2,96%, com os investidores a esperarem menos uma viva subida da taxa de juro de referência da Reserva Federal (Fed), na reunião desta em 27 de julho, portanto a terem menos medo de uma recessão.
Segundo um levantamento do CME Group, 69% dos operadores estimam agora que o banco central deve subir a taxa de juro em 0,75 pontos percentuais (pp), quando a meio da semana passada 80% esperavam uma subida de um ponto percentual.
"Os investidores já ponderaram uma recessão. Sabem que a Fed vai subir a taxa de juro em 75 pp na próxima semana. Esta semana vai ser o Banco Central Europeu que começa a subir as suas taxas. Tudo isto já está considerado", adiantou Peter Cardillo, para quem "o grande teste vão ser os resultados das empresas", cuja época de divulgação está a começar.
Leia Também: Cotação de Brent para entrega em setembro sobe 5,05% para 106,27 dólares
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com