Zona Livre Tecnológica da Marinha em Troia vai promover economia
A ministra da Defesa Nacional afirmou hoje que a Zona Livre Tecnológica (ZLT) da Marinha, em Troia, no concelho de Grândola, é um espaço de testes que "vai contribuir para promover a economia nacional, a inovação e desenvolvimento tecnológico".
© Global Imagens
Economia Tróia
"Destacaria este contributo grande que as Forças Armadas e a Marinha, neste caso em particular, estão a dar para promover a economia nacional, a inovação, o desenvolvimento tecnológico", disse a ministra Helena Carreiras na apresentação da nova ZLT Infante D. Henrique, associada ao Centro de Experimentação Operacional da Marinha (CEOM), instalado na Península de Troia, em Grândola, no distrito de Setúbal.
"Acabámos de inaugurar a primeira Zona Livre Tecnológica em Portugal, aqui no CEOM, um lugar onde vai ser possível fazer testes, experimentar processos de inovação tecnológica, produtos e serviços, num trabalho cooperativo entre várias áreas governativas e envolvendo uma variedade de entidades que inclui universidades, as empresas, os utilizadores destas tecnologias inovadoras", acrescentou.
A ministra da Defesa Nacional, que falava aos jornalistas depois de se inteirar do trabalho que já está a ser desenvolvido no CEOM e na ZLT, sublinhou também a importância do reconhecimento da NATO, que decidiu integrar o CEOM de Troia no projeto DIANA (Defense Innovation Accelerator for the North Atlantic).
"Um outro aspeto importante do contributo deste espaço de testes tem a ver com a própria capacitação das nossas Forças Armadas e a incorporação de processos de inovação tecnológicos nas várias capacidades e equipamentos", sublinhou Helena Carreiras.
Questionado pelos jornalistas, o Chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA), almirante Gouveia e Melo, salientou a colaboração de várias entidades privadas e do ensino superior no projeto, adiantando que já existe uma estratégia para a produção industrial de alguns produtos desenvolvidos e testados em pareceria com Marinha Portuguesa na ZLT de Troia.
"Nós trazemos a este projeto a academia, mas também a indústria. Há nove níveis para a industrialização, nós vamos até ao nível sete, que é, ao fim e ao cabo, a prototipagem e o teste completo. E depois daí para a industrialização", disse.
"As Forças Armadas, neste caso a Marinha, têm os direitos de autor - porque faz parte do projeto -, para reproduzir os equipamentos. E as empresas que participaram connosco [no desenvolvimento de novos produtos] terão também o direito de reproduzir os equipamentos, para vender para o exterior", acrescentou Gouveia e Melo.
Antes, na apresentação da nova ZLT, o CEMA lembrou que uma das grandes vantagens da ZLT e do COEM é a facilidade de saída do rio Sado para o mar, bem como as possibilidades que oferece para desenvolver e experimentar diversos tipos de equipamentos não tripulados.
"A saída do rio é uma coisa relativamente simples e nós rapidamente nos pomos na zona de experimentação. E foi isto que a NATO também viu como um elevado potencial. E por isso é que designou esta área como uma das áreas de inovação e de experimentação primordiais para a NATO", disse.
"O objetivo futuro é transformar - e nós temos financiamento para isto no PRR - esta base com este `layout´, com uma pista curta, porque nós pretendemos testar equipamentos para a Marinha. E, no futuro, vamos ter um navio, que também será financiado no âmbito do PRR, que vai servir como um porta-drones, um porta-aviões para drones", disse Gouveia e Melo.
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