Afinal, o que é e para que serve a política monetária?
A política monetária é utilizada para "influenciar a variação dos preços dos bens e serviços que consumimos", mas há mais. Esclareça aqui as suas dúvidas.
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Economia Política Monetária
Nos últimos dias muito se tem falado sobre política monetária, uma vez que o Banco Central Europeu (BCE) decidiu subir as taxas de juro em 50 pontos base, numa tentativa de responder à aceleração da taxa de inflação. Afinal, o que é a política monetária e para que serve?
De acordo com o Banco de Portugal (BdP), a política monetária "consiste nas decisões que o banco central toma, no exercício do seu mandato, para influenciar o custo de pedir emprestado e a quantidade de dinheiro que existe na economia".
Ora, na zona euro, a "decisão mais importante do BCE é normalmente a fixação das taxas de juro oficiais".
Na quinta-feira, recorde-se, o BCE decidiu aumentar em 50 pontos base as suas três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, com o objetivo de travar a inflação.
A taxa de juro das principais operações de refinanciamento passa, assim, de 0% para 0,50%, a taxa aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez fica agora em 0,75% e a taxa de depósito que estava em terreno negativo (-0,50%) sobe para 0%. Esta subida terá efeitos a partir de 27 de julho.
Para que é usada a política monetária?
Ainda segundo o BdP, a política monetária é usada para influenciar a variação dos preços dos bens e serviços que consumimos.
"O principal objetivo do BCE é manter a estabilidade de preços na área do euro. Isto significa garantir que os preços sobem pouco e sem grandes flutuações, isto é, garantir que a inflação é baixa e estável. O BCE define a política monetária para atingir uma inflação de 2% no médio prazo", explica o supervisor da banca.
O que se passa é que a taxa de inflação homóloga avançou em junho para 8,6% na zona euro, quando tinha ficado em 8,1% em maio.
Acresce também que, "quando decide a política monetária, o BCE também leva em consideração preocupações com o crescimento económico e o emprego, a estabilidade financeira e as alterações climáticas, desde que tal não prejudique a estabilidade de preços".
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