Sindicatos exigem pagamento pela E-Redes da "disponibilidade imposta"
Os sindicatos exigiram hoje o pagamento aos trabalhadores da E-Redes, antiga EDP Distribuição, pela disponibilidade que lhes é "imposta" durante os estados de 'alerta' e 'prevenção' ativados pela empresa durante os incêndios florestais.
© Global Imagens
Economia E-Redes
"Mais uma vez, agora devido à sucessão de incêndios florestais, a E-Redes (grupo EDP) ativou os estados de 'alerta' e 'prevenção' do seu sistema POAC-RD [Plano Operacional de Atuação em Crise da Rede de Distribuição] e, mais uma vez, os trabalhadores não foram pagos pela disponibilidade para a garantia deste serviço", sustenta a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal) em comunicado.
Afirmando que "pagar o POAC-RD é uma exigência", a Fiequimetal reclama a "correção desta prática patronal".
De acordo com a federação sindical, perante mais uma época de incêndios, foram ativados pela E-Redes os estados de 'alerta' e 'prevenção' do POAC-RD, tendo os trabalhadores da empresa voltado "a desempenhar o importante papel que lhes cabe, nomeadamente na resolução das avarias".
Contudo, diz, "e como em situações anteriores, os trabalhadores não foram pagos pela disponibilidade exigida".
Segundo a Fiequimetal, "se a administração da E-Redes não paga, nenhum trabalhador é obrigado a estar disponível": "Se quer as equipas prontas, deve pagar pela disponibilidade que os trabalhadores entregam à empresa", sustenta.
"O POAC tem de ser pago e esta situação não pode continuar a acontecer", sublinha a federação, asseverando que tudo fará "para que fique salvaguardado que o trabalho seja pago sempre que ativado este serviço".
Para a federação, tal como já havia alertado na altura da sua criação, "o POAC-RD é uma forma de exigir disponibilidade sem respeitar o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e tapando a falta de recursos".
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