Em declarações à agência Lusa, João Casimiro, do Sindicato Independente dos Trabalhadores da Rodoviária De Lisboa (SITRL), explicou que as situações mais complicadas são Caneças, Odivelas, Areeiro e Gare do Oriente.
Segundo o representante, o sindicato não tem tido qualquer resposta por parte da administração da empresa às reivindicações que tem apresentado.
"A empresa tem um representante nas negociações, que é a ANTROP, com quem praticamente não falamos desde pouco antes do final do ano. Com a administração da Rodoviária não temos mesmo tido nenhum contacto, pois a empresa não nos responde", explicou.
Os trabalhadores da Rodoviária de Lisboa (RL) cumprem hoje uma greve de 24 horas, que começou às 03:00, para reivindicar melhorias salariais. Esta é a 15.ª paralisação que os motoristas da RL cumprem desde julho do ano passado, tendo a mais recente sido realizada em 01 de julho.
João Casimiro explicou que as reivindicações dos trabalhadores se prendem com os motivos das últimas paralisações, ou seja, um aumento salarial dos motoristas para 750 euros, de forma a "compensar a subida do salário mínimo".
Entre as exigências estão também a atualização do salário dos demais trabalhadores na mesma percentagem do que a dos motoristas, a atualização do subsídio de refeição nos mesmos termos percentuais do aumento do salário dos motoristas, a redução do intervalo de descanso para o máximo de duas horas e a valorização da carreira da manutenção.
Atualmente, a Rodoviária de Lisboa, empresa de transporte rodoviário de passageiros, opera nos concelhos de Lisboa, Loures, Odivelas e Vila Franca de Xira, todos no distrito de Lisboa, servindo cerca de 400 mil habitantes.
A RL deverá integrar em janeiro de 2023 a recém-criada Transportes Metropolitanos de Lisboa, que irá operar nos 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa.
Leia Também: Trabalhadores da Rodoviária de Lisboa fazem greve de 24 horas