A variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi 9,1% em julho de 2022, taxa superior em 0,4 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior e a mais elevada desde novembro de 1992, confirmou o Instituto Nacional de Estatística (INE), esta quarta-feira.
Este valor confirma a estimativa avançada pelo INE no final do mês de julho.
O indicador de inflação subjacente - índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos - também acelerou, tendo registado uma variação de 6,2% (6,0% em junho).
"A variação do índice relativo aos produtos energéticos situou-se em 31,2% (0.5 p.p. inferior ao valor do mês precedente), enquanto o índice referente aos produtos alimentares não transformados apresentou uma variação de 13,2% (11,9% em junho)", nota o INE.
Contudo, a variação mensal do IPC foi nula (0,8% no mês precedente e -0,3% em julho de 2021). A variação média dos últimos doze meses foi 4,7% (4,1% em junho).
O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português apresentou uma variação homóloga de 9,4%, um "novo valor mais elevado registado desde o início da série do IHPC, em 1996", nota o INE.
"Esta taxa é superior em 0,4 p.p. à do mês anterior e superior em 0,5 p.p. ao valor estimado pelo Eurostat para a área do Euro (em junho, esta diferença tinha sido de 0,4 p.p.). Excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos, o IHPC em Portugal atingiu uma variação homóloga de 6,9% em julho (6,6% em junho), superior à taxa correspondente para a área do Euro (estimada em 5,0%), mantendo o perfil marcadamente ascendente verificado nos últimos meses", pode ler-se no relatório.
[Notícia atualizada às 11h06]
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