Em conferência de imprensa sobre os resultados do primeiro semestre, o administrador financeiro da TAP, Gonçalo Pires, explicou que não é necessário ir ao mercado refinanciar dívida este ano, uma operação que estava prevista para final de 2021 ou início deste ano, devido ao aumento de capital realizado no final do ano passado.
"Durante o ano de 2023 faremos provavelmente uma operação de mercado de financiamento em linha com os compromissos inscritos no plano", avançou Gonçalo Pires, referindo que este refinanciamento vai ser preparado no último trimestre do ano, podendo acontecer na primeira metade de 2023.
Em causa está o refinanciamento de dívida privada da companhia que vence em 2023 e 2024, no total de 700 milhões de euros.
Para este ano, está prevista a chegada da última tranche da ajuda pública à TAP, no valor de 990 milhões de euros, sob a forma de um aumento de capital, tal como aconteceu em 2021.
Os prejuízos da TAP S.A. diminuíram no primeiro semestre deste ano para 202,1 milhões de euros, face ao valor negativo de 493,1 milhões de euros obtido em igual período do ano passado, enquanto no segundo trimestre a companhia aérea registou uma redução de 37,2% nos prejuízos, para um resultado negativo de 80,4 milhões de euros, face aos 128,1 milhões obtidos em igual período do ano anterior.
Segundo o ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, o plano de reestruturação da TAP prevê um prejuízo de 54 milhões de euros este ano e atingir lucro em 2025.
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