"A primeira questão era mesmo conseguir o financiamento, já está garantido, pelo menos uma parte. Até 2023, no segundo semestre, as obras vão começar", declarou à comunicação social Carlos Mesquita, falando à margem do 6.º Congresso de Engenharia, que decorre em Maputo.
A EN1, a única estrada que liga o sul, centro e norte de Moçambique, tem sido palco de graves acidentes de viação, com várias mortes e quase sempre envolvendo transportes coletivos, um problema associado ao excesso de velocidade, segundo as autoridades, que também admitem a má condição da via em vários pontos.
Em abril, o Governo moçambicano anunciou a intenção de reabilitar a EN1 e, segundo cálculos avançados na altura pelo Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, as obras estavam orçadas em 750 milhões de dólares (748 milhões de euros, no câmbio atual).
A reabilitação, que inclui a construção de um total de 13 portagens, vai incidir numa extensão de 1.300 quilómetros dos 2.477 quilómetros que a rodovia possui.
O executivo já dispõe da metade do fundo proveniente do Banco Mundial, que aprovou, na semana passada, 400 milhões de dólares (399 milhões de euros) para o projeto moçambicano Estradas Seguras, que inclui um apoio para a reabilitação da EN1.
"Nós vamos cumprir com tudo que são os procedimentos normais que o Banco Mundial tem, vamos ajustar e afinar os estudos que já temos para desenvolvermos o projeto", concluiu o ministro dos Transportes.
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