"Na zona de Santa Iria ronda os 50%", indicou João Casimiro, do Sindicato Independente dos Trabalhadores da Rodoviária De Lisboa (SITRL), avançando que continua a não haver qualquer resposta por parte da administração da empresa às reivindicações apresentadas e, por isso, foram marcadas novas greves até janeiro de 2023.
Foram apresentados pré-avisos de greve para os dias 03 de outubro, 02 de novembro, 02 de dezembro e 02 de janeiro.
"Foi apresentado igualmente um pré-aviso de greve parcial a realizar às duas últimas horas de cada serviço entre os dias 19 e 25 de setembro. Estamos também a partir de hoje e até 03 de janeiro a fazer greve às horas extraordinárias", adiantou.
A greve de hoje começou às 03:00, visa reivindicar melhorias salariais. Esta é a 16.ª paralisação que os motoristas da RL cumprem desde julho do ano passado, tendo a mais recente sido realizada em 01 de agosto.
João Casimiro explicou que as reivindicações dos trabalhadores são as mesmas das últimas paralisações, ou seja, um aumento salarial dos motoristas para 750 euros, de forma a "compensar a subida do salário mínimo".
Entre as exigências estão também a atualização do salário dos demais trabalhadores na mesma percentagem que a dos motoristas, a atualização do subsídio de refeição nos mesmos termos percentuais do aumento do salário dos motoristas, a redução do intervalo de descanso para o máximo de duas horas e a valorização da carreira da manutenção.
A Rodoviária de Lisboa diz numa nota publicada na sua página da Internet que recebeu um pré-aviso de greve para hoje e pede desculpa aos clientes "por qualquer perturbação que ocorra no normal funcionamento do serviço".
Atualmente, a Rodoviária de Lisboa, empresa de transporte rodoviário de passageiros, opera nos concelhos de Lisboa, Loures, Odivelas e Vila Franca de Xira, todos no distrito de Lisboa, servindo cerca de 400 mil habitantes.
A RL deverá integrar em janeiro de 2023 a recém-criada Transportes Metropolitanos de Lisboa, que irá operar nos 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa.
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