O pico poderá ter sido atingido já em agosto, refere o economista-chefe do banco, Fáusio Mussá.
Aquele responsável destaca o impacto de medidas anunciadas pelos Governo, de subsidiar transportes e importação de combustíveis para garantir uma certa estabilidade dos preços.
"As camadas mais vulneráveis da nossa sociedade são as que mais se ressentem do impacto do aumento do preço dos combustíveis", referiu.
"Neste cenário, a nossa expetativa é que o Banco de Moçambique mantenha a taxa de juro de referência da política monetária (MIMO) até ao fim do ano no atual nível de 15,25%", acrescenta.
Fáusio Mussá diz-se preocupado com a queda das reservas internacionais, levando a uma redução da cobertura de importações para 4,7 meses.
"Face ao aumento da ajuda externa (por parte do Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional e outros parceiros), é expectável que o Governo consiga, nos próximos meses, restaurar o nível de reservas para um rácio superior a quatro meses de importações", acrescentou.
"Isso pode ajudar a reduzir algumas pressões que se registam no mercado cambial sob ponto de vista de liquidez", referiu Fáusio Mussá.
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