Medina refuta o que chama de "engano". "Não há nenhum corte das pensões"

Ministro das Finanças explica que a redução da dívida pública ajuda também a dar melhores condições para as "famílias se financiarem", o que é "particularmente importante" num cenário de subida das taxas por parte do Banco Central Europeu (BCE).

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Notícias ao Minuto
08/09/2022 10:44 ‧ 08/09/2022 por Notícias ao Minuto

Economia

Ministro das Finanças

O ministro das Finanças, Fernando Medina, apresentou, esta quinta-feira, em Bruxelas, o 'pacote anti-inflação', dando conta da "abrangência" das medidas. O governante disse ainda que é importante manter a redução da dívida pública para assegurar melhores condições de financiamento e deixou claro: "Não há nenhum corte das pensões". 

"É um programa da maior abrangência, que atinge a quase totalidade da população portuguesa", disse o ministro das Finanças, em declarações transmitidas pela SIC Notícias, em Bruxelas, na Bélgica.

O ministro destacou o apoio de 125 euros que será atribuído a cada cidadão não pensionista que receba até 2.700 euros brutos e, ainda, o "apoio extraordinário aos pensionistas" que será pago também em outubro. 

Do ponto de vista macroeconómico, "não procuramos ir além dos objetivos a que nos propusemos, mas queremos garantir que vamos atingir 1,9% [relativamente ao défice] no final do ano e também sermos o terceiro país que mais vai reduzir a dívida pública", disse o ministro das Finanças, adiantando que "isto é particularmente importante" num cenário de subida das taxas por parte do Banco Central Europeu (BCE). 

Além disso, Medina assegurou que o Governo continua comprometido em reduzir a dívida pública: "Se tivermos menos dívida teremos melhores condições para financiar a economia e para as famílias se financiarem", disse. 

"Não há nenhum corte das pensões", assegura Medina

Questionado pelos jornalistas sobre as críticas à atualização das pensões, Medina diz querer "refutar de forma muito clara aquilo que tem sido um engano que algumas oposições têm procurado colocar na opinião pública portuguesa".

"Quero ser muito claro: Não há nenhum corte das pensões; não há em 2022, onde as pensões foram aumentadas de acordo com a lei e onde estamos a dar um apoio extraordinário", disse o ministro das Finanças, referindo-se à meia pensão extra que será paga em outubro.  

Além disso, em 2023, "as pensões vão ser aumentadas e nós por transparência apresentamos os valores", referiu o ministro das Finanças. 

Os pensionistas vão ter em janeiro de 2023 um aumento entre 4,43% e 3,53% em função do valor da sua pensão, anunciou o primeiro-ministro, na segunda-feira.

A proposta que o Governo vai enviar para a Assembleia da República prevê que as pensões até 886 euros vão aumentar 4,43%; as cujo valor oscila entre os 886 e os 2.659 euros aumentem 4,07%, enquanto as restantes (que estariam sujeitas a atualização tendo em conta a fórmula legal em vigor) aumentarão 3,53%.

Esta medida, sublinhe-se, soma-se ao pagamento extra no valor equivalente a meia pensão que será pago já em outubro aos pensionistas.

Leia Também: Por que é que só quem ganha até 2.700€ recebe o 'cheque'? Governo explica

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