TAP: "Não há indicação" que dados de pagamento tenham sido divulgados
A companhia aérea lamenta que os dados dos clientes estejam a ser publicados pelos piratas informáticos, mas acrescenta que "até ao momento, não há indicação de que informações sensíveis, em particular dados de pagamento, tenham sido exfiltradas".
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Economia TAP
A TAP lamentou, esta terça-feira, que os piratas informáticos estejam a publicar dados dos clientes depois do ataque informático de que foi alvo. Contudo, fonte oficial da companhia aérea disse, em resposta às questões colocadas pelo Notícias ao Minuto, que "não há indicação" de que estejam comprometidos dados de pagamento dos clientes.
"Infelizmente, alguns dados foram roubados pelos hackers e estão a ser divulgados publicamente", disse a mesma fonte, acrescentando que "até ao momento, não há indicação de que informações sensíveis, em particular dados de pagamento, tenham sido exfiltradas".
A TAP diz que a "intrusão foi contida numa fase inicial", mas os dados que estão 'nas mãos' dos piaratas informáticos podem incluir nomes, informações de contacto, informações demográficas e número de passageiro frequente. "A informação afetada relativamente a cada cliente pode variar", respondeu a mesma fonte.
A companhia aérea assegura que as operações estão a decorrer com normalidade e que "graças aos sistemas de cibersegurança e à rápida atuação da equipa interna de TI [tecnologias da informação], a intrusão foi contida numa fase inicial, antes de provocar danos nos processos operacionais".
Na segunda-feira, o jornal Expresso noticiou que o grupo de cibercriminosos Ragnar Locker cumpriu a ameaça e publicou 581 gigabytes (GB) de dados relativos a 1,5 milhões de clientes da TAP. Além disso, o grupo garantiu que continua a ter acesso aos sistemas informáticos da companhia aérea portuguesa.
Questionada pelo Notícias ao Minuto, fonte da TAP disse que, assim que foi detetado o ataque informático, a empresa "mobilizou de imediato uma equipa de especialistas internos e externos de TI e de peritos forenses para investigar em detalhe o sucedido e prevenir danos adicionais".
A companhia aérea considera que "esta intrusão visava causar danos à TAP e aos seus clientes", mas garante: "A segurança dos nossos clientes e parceiros comerciais e dos seus dados é a nossa maior prioridade. Continuaremos, por isso, a tomar todas as medidas necessárias para cuidar dos seus dados."
Ainda segundo o semanário Expresso, a TAP não terá acedido à sugestão dos piratas informáticos e, por isso, não negociou o pagamento de um resgate que travasse a publicação dos dados.
A 26 de agosto, recorde-se, a TAP revelou que foi alvo de um ciberataque na noite anterior, a 25 de agosto. A empresa disse que acionou, desde logo, os mecanismos de segurança e garantiu, na altura, que a integridade operacional estava garantida.
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