No novo Esquema de Alívio das Contas de Energia, o Governo "garante um desconto nos preços grossistas do gás e eletricidade a todos os clientes não domésticos", incluindo todas as empresas, organizações sem fins lucrativos e do setor público, como as escolas e hospitais.
O plano vai entrar em funcionamento em outubro e aplicar-se durante seis meses, para proteger as empresas sobretudo durante o inverno.
Segundo o Ministério da Economia britânico, o nível de redução de preços para cada empresa variará em função do tipo de contrato e circunstâncias.
Um esquema paralelo, baseado nos mesmos critérios, será estabelecido na Irlanda do Norte, onde o mercado de energia funciona de forma diferente devido à integração com a República da Irlanda.
Ao contrário da energia doméstica, empresas e outro tipo de organizações não estão protegidas pelo preço máximo estipulado pelo regulador Ofgem (Office of Gas and Electricity Markets), que em agosto anunciou que os preços teriam de aumentar 80 por cento devido à instabilidade nos mercados internacionais.
Porém, a primeira-ministra britânica, Liz Truss, anunciou poucos dias após entrar em funções que iria congelar os preços, num pacote que se estima que vai custar mais de 100.000 milhões de libras (114.000 milhões de euros).
"Compreendo a enorme pressão que as empresas, instituições de caridade e organizações do setor público enfrentam com as suas contas de energia, e é por isso que estamos a tomar medidas imediatas para as apoiar durante o inverno e proteger os postos de trabalho e meios de subsistência", afirmou a primeira-ministra britânica, Truss, num comunicado.
O ministro da Economia, Jacob Rees-Mogg, atribuiu o "aumento sem precedentes dos preços da energia" à "guerra ilegal de [Vladimir] Putin na Ucrânia, que afetou os consumidores em todo o país e empresas de todas as dimensões".
Estas medidas do Governo para proteger famílias e empresas, vincou, vão "aumentar o crescimento, proteger o emprego e apoiar as famílias com o custo de vida neste inverno".
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