Crise? "Não podemos pedir sempre a mesma resposta", diz Centeno

O governador do Banco de Portugal (BdP), Mário Centeno, alertou hoje que a resposta à crise não pode ser a mesma do que em 2020, recordando que o Estado se preparou antes, nomeadamente com redução do peso da dívida.

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Lusa
27/09/2022 13:52 ‧ 27/09/2022 por Lusa

Economia

Mário Centeno

Mário Centeno falava no encerramento da conferência "O impacto da nova ordem mundial na economia europeia", organizada pelo jornal Eco, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, quando salientou a necessidade de pensar em o que são as folgas orçamentais.

"O Estado, de forma exemplar, aqui e na Europa, deu a resposta que tinha de dar à crise de 2020, mas não podemos pedir sempre a mesma resposta perante as mesmas circunstâncias e temos de pensar no que fizemos antes da crise para podermos responder à crise", disse.

Em 2020, uma política orçamental expansionista foi adotada por diversos países, com pacotes de medidas para estimular a economia, incluindo Portugal, e sugerida pela maioria das instituições internacionais como resposta à crise provocada pela pandemia.

A poucos dias do Orçamento do Estado para 2023 (OE2023) e sem o referir diretamente, Mário Centeno deixou alertas para o futuro.

"A minha natureza de otimista é de que fizemos muito antes das crises, destas que estamos a viver hoje, para poderemos olhar para elas e dar uma resposta que tem de ser obviamente global e tem de ter este contexto", vincou, considerando necessário "cuidar" das capacidades que o Estado deve manter para dar essas respostas.

O responsável do banco central apontou ainda atualmente as famílias registam menor dívida do que em 2009, menos 31 p.p. no peso do PIB, salientando ser o único setor que do ponto de vista absoluto regista menos dívida.

No que toca à dívida pública, Mário Centeno salientou que Portugal é dos poucos países na zona euro que cai em estimativa entre 2019 e 2023, assinalando que o ritmo que esta redução se concretize no futuro próximo deveria ser compatível com aproximação de limiar de 100% no médio prazo.

Leia Também: PSD quer ouvir Centeno, banca e DECO sobre subida de créditos à habitação

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