"Esperamos uma decisão tão cedo quanto possível e, quando estiverem todos prontos, nós vamos apoiar a decisão, porque precisamos de criar um plano a longo prazo para a companhia aérea", disse a gestora aos jornalistas, à margem da participação na 6.ª Cimeira do Turismo Português, em Lisboa, onde participou num painel de debate com o presidente do Conselho de Administração da ANA, José Luís Arnaut, e o consultor e ex-presidente do Conselho de Administração da CP, Carlos Nogueira.
Durante o debate, a presidente executiva da TAP disse esperar que a companhia tenha uma palavra a dizer sobre a localização do novo aeroporto e destacou a importância das interconexões com a ferrovia.
Oumières-Widener disse ainda que a TAP está a trabalhar com a gestora dos aeroportos para melhorias no aeroporto Humberto Delgado.
"É obvio que nos próximos anos não vai haver um aeroporto novo e estamos concentrados no curto e médio prazo e a preparar já o próximo verão", apontou a responsável da TAP, questionada sobre as disrupções nos aeroportos europeus, incluindo os portugueses, com longas filas de espera e cancelamentos de voos, que aconteceram este verão.
"Trabalhámos muito com o SEF [Serviço de Estrangeiros e Fronteiras] este verão e vamos trabalhar novamente com o SEF e também com a Ana para ver que melhorias podem ser feitas", vincou.
Questionada sobre o ataque informático de que a TAP foi recentemente alvo e que comprometeu dados de clientes, a presidente executiva disse que a investigação ainda está a decorrer, mas que foi já possível colocar de novo em operação as cópias de segurança ('backups').
Quanto aos dados dos clientes, a gestora considerou "altamente improvável" que estejam comprometidos mais do que os já identificados, mas, se tal acontecer, será comunicado aos clientes, garantiu.
Os dados pessoais dos clientes da TAP divulgados pelo grupo de cibercriminosos Ragnar Locker, que atacou a companhia aérea em agostos, vão do nome, morada, 'e-mail', data de nascimento até data de registo e número de passageiro.
A TAP revelou os dados atacados são "nome, nacionalidade, sexo, data de nascimento, morada, e-mail, contacto telefónico, data de registo de cliente e número de passageiro frequente".
A companhia aérea indicou que a informação divulgada relativamente a cada cliente pode variar, reiterando que "não há indícios de que dados de pagamento tenham sido exfiltrados dos sistemas".
O Ministério Público já confirmou a abertura de um inquérito ao ataque informático à TAP.
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