Economista que previu crise de 2008 vê recessão "longa e feia" nos EUA
Em entrevista à Bloomberg, o economista alertou ainda que o índice S&P 500 poderá assistir a uma correção acentuada: "Mesmo com uma recessão simples, o S&P 500 pode afundar 30%".
© Reuters
Economia Nouriel Roubini
O economista Nouriel Roubini, que antecipou a crise financeira mundial de 2008, antecipa uma recessão "longa e feia" nos EUA, a começar no final deste ano, alertando que poderá durar durante 2023.
Em entrevista à Bloomberg, o economista alertou ainda que o índice S&P 500 poderá assistir a uma correção acentuada: "Mesmo com uma recessão simples, o S&P 500 pode afundar 30%".
Nouriel Roubini, recorde-se, ficou conhecido depois de ter alertado para o 'boom' especulativo no mercado imobiliário norte-americano, que poderialevar a uma crise económica.
O economista adverte que quem espera uma recessão superficial deve olhar para os elevados rácios da dívida das empresas e dos governos.
Já o economista Joseph Stiglitz defendeu que as medidas tomadas pelos bancos centrais de aumentar as taxas de juro "não vão fazer muito para resolver o problema" e irão provocar "uma recessão ainda mais profunda".
"Quase todos os episódios de inflação foram provocados por excesso de procura, isto, tal como as crises do preço do petróleo, há 50 anos, resulta de choques na cadeia de abastecimento", explicou o Nobel da Economia de 2001, dizendo que estes choques começaram com a pandemia da covid-19 e que agora estão a ser exacerbados pela guerra na Ucrânia.
Na semana passada, a Reserva Federal norte-americana (Fed) anunciou uma subida de 75 pontos base na sua taxa de juro, um aumento idêntico ao que tinha decidido nas duas últimas reuniões e o quinto aumento desde março, ficando a taxa dos fundos federais entre 3% e 3,25%, o nível mais alto dos últimos 14 anos.
Em 8 de setembro, o BCE subiu as três taxas de juro diretoras em 75 pontos base, o segundo aumento consecutivo deste ano, já que em 21 de julho, tinha subido em 50 pontos base as três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, com o objetivo de travar a inflação.
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