O secretário-geral da Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap), José Abraão, disse esta sexta-feira, à saída de uma reunião com o Governo, que "há um conjunto de matérias em que há aproximação" entre as reivindicações dos trabalhadores e a proposta do Executivo, mas diz que há margem para uma "evolução". O Governo propôs um aumento do valor do subsídio de refeição na Função Pública, dos atuais 4,77 euros para 5,20 euros por dia.
Em declarações aos jornalistas, José Abraão revelou que está confiante na existência de uma "margem para que possa haver uma evolução" da proposta do Governo face às reivindicações da Fesap.
O dirigente da Fesap indicou que, na reunião, a secretária de Estado disse que a medida custará 77 milhões de euros, representando mais 9,60 euros por mês para cada funcionário público.
A Fesap propunha um aumento do subsídio de alimentação para seis euros em 2023.
No início da semana, também depois de um encontro com o Governo, a Fesap considerou que a proposta do Governo para aumentar os funcionários públicos é insuficiente para garantir que não há perda de poder de compra, mas sublinhou que há aspetos "valorizáveis".
O Governo propôs aos sindicatos da administração pública aumentos salariais entre 8% e 2%, com garantia de um mínimo de cerca de 52 euros por ano até 2026, disse a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva.
O aumento anual mínimo para a função pública será equivalente a uma mudança de nível remuneratório (cerca de 52 euros), variando entre 8% para a remuneração mais baixa da tabela, que é de 705 euros, e 2% para os rendimentos a partir de 2.570,82 euros.
[Notícia atualizada às 12h00]
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