"Nós temos praticamente o projeto de execução já terminado. A nossa intenção é, nos próximos dias, no mês de outubro, começar a montar o estaleiro para começar a avançar com as obras", disse hoje Tiago Braga na Universidade Portucalense, no Porto.
O presidente da Metro do Porto falava aos jornalistas antes do seminário "Descarbonizar, Descongestionar, Desenvolver: O Papel da Metro do Porto como Indutor da Mudança no Ecossistema de Transportes da Área Metropolitana do Porto", que decorreu na manhã de hoje na Universidade Portucalense - Infante D. Henrique.
Em causa está o serviço de BRT (Bus Rapid Transit, vulgo 'metrobus'), um autocarro a hidrogénio que circulará na Avenida da Boavista (em canal dedicado) e na Marechal Gomes da Costa (sem canal dedicado), unindo a Casa da Música à Praça do Império e à (rotunda da) Anémona.
"Entretanto, vamos lançar também o concurso para o material circulante para o posto de hidrogénio, para o sistema de produção de hidrogénio", acrescentou.
Segundo Tiago Braga, o sistema "é verdadeiramente circular, porque tem abastecimento, preservação de hidrogénio, produção local de hidrogénio, produção de energia a partir de painéis fotovoltaicos para alimentar os eletrolisadores".
"Nós seremos praticamente autossuficientes, esse é o desafio e a grande novidade em termos do hidrogénio", apontou.
O destino do 'metrobus' a partir da Casa da Música, no Porto, com estação na Avenida da Boavista, será alternado entre Praça do Império e Anémona, em Matosinhos, disse, em maio, Tiago Braga.
O investimento no BRT é totalmente financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e chega aos 66 milhões de euros, valores sem IVA, e anteriormente o presidente da Metro tinha antecipado que a empreitada começaria em julho ou agosto.
Estão previstas as estações Casa da Música, Guerra Junqueiro, Bessa, Pinheiro Manso, Serralves, João de Barros e Império, no primeiro serviço, e na secção até Matosinhos adicionam-se Antunes Guimarães, Garcia de Orta, Nevogilde, Castelo do Queijo, e Praça Cidade do Salvador (Anémona).
Leia Também: ERSE. Clientes já podem mudar online para o mercado regulado do gás