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Atividade empresarial com "crescimentos significativos" em 2021

A atividade empresarial registou em 2021 "crescimentos significativos", superando os níveis de 2019, com subidas de 15,7% do volume de negócios, 15,2% do valor acrescentado bruto e 27,3% do excedente bruto de exploração, divulgou hoje o INE.

Atividade empresarial com "crescimentos significativos" em 2021
Notícias ao Minuto

12:41 - 26/10/22 por Lusa

Economia Instituto Nacional de Estatística

"Em 2021, as empresas não financeiras registaram crescimentos nominais de 15,7% do volume de negócios, 15,2% do VAB [valor acrescentado bruto] e 27,3% do EBE [excedente bruto de exploração], após as reduções de 10,0%, 9,8% e 17,2% em 2020, respetivamente, superando assim os valores pré-pandemia registados em 2019", segundo dados provisórios avançados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Já o pessoal ao serviço e os gastos com o pessoal aumentaram 2,0% e 9,1%, respetivamente (-2,0% e -1,7% em 2020, pela mesma ordem).

"Na maioria das variáveis económicas, as empresas não financeiras registaram valores superiores aos verificados em 2019: +4,2% no volume de negócios, +3,9% no VAB, +7,2% nos gastos com o pessoal e +5,4% no EBE", destaca o INE. Por sua vez, o pessoal ao serviço situou-se ao mesmo nível dos valores registados em 2019.

De acordo com o instituto estatístico, o 'alojamento e restauração' e os 'transportes e armazenagem' registaram os crescimentos mais elevados do VAB, de +40,3% e +23,2%, respetivamente, mas "este forte crescimento não permitiu recuperar os níveis de 2019, traduzindo a especial severidade dos efeitos negativos da pandemia em 2020 sobre estes setores".

Pelo contrário, o setor da 'agricultura e pescas' evidenciou o crescimento do VAB mais baixo, de 8,3%, enquanto a 'indústria e energia' e os 'outros serviços' registaram os maiores contributos (+3,8 e +3,4 pontos percentuais, respetivamente) e o setor da 'indústria e energia' foi o que mais contribuiu para o crescimento do volume de negócios entre 2020 e 2021 (+5,6 pontos percentuais), seguindo-se o 'comércio (+4,5 pontos percentuais).

Em 2021, existiam em Portugal 1.340.614 empresas não financeiras, das quais 65,1% eram empresas individuais e 34,9% sociedades (+2,7% e +3,7%, respetivamente, face a 2020), totalizando este setor não financeiro 429.800 milhões de euros de volume de negócios e 4,2 milhões de pessoas ao serviço.

Face a 2019, existiam mais 1,7% de empresas não financeiras, apesar do decréscimo registado no número de empresas individuais (-0,7%).

Por forma jurídica, as sociedades registaram crescimentos superiores na maioria dos principais indicadores económicos face às empresas individuais e, por dimensão, as grandes empresas evidenciaram crescimentos superiores entre 2020 e 2021.

Tanto as pequenas e médias empresas (PME) como as empresas de grande dimensão registaram já valores superiores em 2021 comparativamente a 2019, com exceção do pessoal ao serviço, em que as grandes empresas ainda se encontram abaixo do valor pré-pandemia (-1,3%).

Focando a análise apenas nas sociedades não financeiras, em 2021 existiam em Portugal 467.243 (+3,7% face a 2020), que registaram crescimentos de 2,5% no pessoal ao serviço, 15,9% no volume de negócios, 15,8% no VAB e 29,7% no EBE (-1,3%, -9,8%, -9,4% e -17,7% em 2020, respetivamente), superando já os valores de 2019.

"As sociedades de grande dimensão evidenciaram crescimentos superiores do volume de negócios e do VAB (+18,4% e +17,4%, respetivamente), e as PME registaram um crescimento superior do EBE (+30,5%)", refere o INE.

A remuneração média anual ascendeu a 16,1 mil euros por pessoa ao serviço remunerada.

Em 2021, a proporção de sociedades não financeiras com capital próprio negativo situou-se em 26,0%, 0,1 pontos percentuais abaixo do valor do ano anterior, mas ainda acima do registado em 2019.

Segundo o INE, "o grupo de sociedades de grande dimensão evidenciou a maior diminuição neste indicador, -0,4 pontos percentuais face a 2020 (+0,8 pontos percentuais comparativamente a 2019)".

No que respeita à natureza dos resultados obtidos, 42,5% das sociedades não financeiras registaram resultados líquidos negativos, representando uma diminuição de 5,9 pontos percentuais face à proporção registada em 2020, mas ainda acima em 2,7 pontos percentuais aos valores registados em 2019.

Nas sociedades de maior dimensão, 19,5% apresentaram resultados negativos (-9,5 pontos percentuais que no ano anterior), enquanto nas PME essa percentagem ascendeu a 42,6% (-5,9 pontos percentuais que em 2020).

Em 2021, a proporção de sociedades não financeiras com VAB negativo diminuiu para 23,3% do total (-1,3 pontos percentuais face a 2020), embora ainda acima do verificado em 2019.

"Esta diminuição teve maior expressão nas PME, onde 23,3% geraram VAB negativo (-1,4 pontos percentuais que no ano anterior)", detalha o INE, acrescentando que "o peso das sociedades com EBE negativo diminuiu de 43,5% em 2020, para 38,0% em 2021".

A produtividade aparente do trabalho das sociedades não financeiras atingiu 31.455 euros por pessoa ao serviço em 2021 (+13,1% face ao ano anterior) e a remuneração média anual situou-se nos 16.100 euros por pessoa ao serviço remunerada no mesmo ano (+6,0% face a 2020). Em ambos os indicadores registaram-se níveis superiores aos verificados em 2019 (+5,9% e +7,2%, respetivamente).

No que se refere às variáveis do balanço, o ativo, o passivo e o capital próprio registaram crescimentos face ao ano anterior (+8,9%, +7,7% e +10,9%, respetivamente).

No ano passado, a formação bruta de capital fixo (FBCF) das sociedades não financeiras atingiu 21.700 milhões de euros, mais 1.300 milhões de euros (6,2%) que em 2020. Apesar deste crescimento, não foi atingido o valor de 2019 (22,3 mil milhões de euros).

Da análise do INE resulta ainda que, em 2021, existiam 28,1 mil sociedades com perfil exportador (+6,3% face a 2020), correspondendo a 6,0% do total de sociedades não financeiras.

Estas sociedades representaram 23,2% do pessoal ao serviço, 35,3% do volume de negócios, 33,5% do VAB e 34,4% do EBE (+0,5, +2,5, +1,8 e +3,4 pontos percentuais face a 2020, respetivamente), atingindo níveis superiores aos de 2019.

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