"PS tem responsabilidades no passado, presente e futuro"
O presidente do Fórum para a Competitividade afirmou esta quinta-feira que o PS tem responsabilidades pesadas na negociação do programa de ajuda com a troika e apelou ao Governo para abrir discussões sobre política fiscal e incentivos ao investimento com os agentes económicos.
© LUSA
Economia Ferraz da Costa
“Desde o início da crise financeira, o governo anterior, ignorando a dimensão do nosso próprio desequilíbrio, lançou-se numa política suicida de sustentação da procura interna, acrescentando dívidas enormes em projectos megalómanos sem rentabilidade económica”, disse Pedro Ferraz da Costa, presidente do Fórum para a Competitividade, no Seminário sobre o Orçamento do Estado, citado pelo Jornal de Negócios.
Na mesma ocasião, o presidente do Fórum para a Competitividade afirmou que "o PS tem responsabilidades pesadas em termos do passado, presente e futuro", considerando também que há outras forças políticas que, "negando qualquer progresso realizado, criam um ambiente político de revolta e desânimo”.
O responsável defendeu também que "é urgente, é indispensável definir um quadro de políticas e incentivos para relançar o investimento", frisando que esse quadro "tem que ser atraente e é incompreensível que o ministério das Finanças não tenha até agora associado os agentes económicos à discussão da política fiscal necessária ao indispensável relançamento do investimento", apontou Pedro Ferraz da Costa, citado pela Lusa.
Para o presidente da entidade, "é difícil aceitar a surpresa com o nível de recessão que o programa [de ajustamento económico] veio a implicar": Pedro Ferraz da Costa enaltece "o esforço de redução da dívida realizado pelas famílias e pelas empresas", com níveis de dívida e de crédito mal parado a descer e com depósitos bancários a subir.
"Sem estes bons resultados já teríamos sido obrigados a renegociar o programa de ajustamento", acredita.
Para Ferraz da Costa, o Estado "tem mostrado grande dificuldade em cumprir a sua parte na redução da dívida e do peso muito negativo que a sua absorção de recursos constitui para as necessidades de investimento em novas actividades.
No entanto, diz, foram feitos "progressos surpreendentes" e "só por ignorância ou má-fé se pode dizer que o programa falhou".
O responsável destacou a redução do défice, a correcção do desequilíbrio da conta corrente ou a melhoria da balança comercial, admitindo que a "destruição de emprego" é a "contrapartida mais negativa" de todo o ajustamento.
O seminário de hoje contará, pela hora de almoço, com uma intervenção do secretário-geral do PS, António José Seguro, e terminará à tarde com o contributo de Carlos Moedas, secretário de Estado-adjunto do primeiro-ministro.
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