Lisboa. Ministro pede mais investimento de grupo que moderniza terminal
O ministro das Infraestruturas agradeceu, esta quinta-feira, ao grupo que está a modernizar o Terminal de Alcântara a "confiança" na economia nacional e apelou a que invista mais em Portugal.
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Economia Alcântara
Falando na cerimónia de apresentação do investimento de modernização do terminal lisboeta, o ministro Pedro Nuno Santos disse que o Governo está "grato pelo investimento do grupo em Portugal".
O investimento, no valor de 123,8 milhões de euros (verba já anteriormente conhecida), vai ser aplicado em obras nas infraestruturas e na compra e instalação de equipamentos e tecnologia.
O plano de investimento, que tem vindo a ser implementado pela gestora portuária Yilport Liscont, entrou já na primeira de quatro fases de intervenção, até 2035.
"Ter um grupo privado com esta dimensão a confiar na nossa economia para investir é a prova cabal de que devíamos confiar mais em nós próprios", considera o ministro das Infraestruturas e da Habitação.
"Invistam, invistam mais", apelou, no final da sua intervenção, dirigindo-se ao presidente e diretor executivo da Yildirim e Yilport Holding, Robert Yildirim, presente na cerimónia.
Assinalando que a "modernização" do Terminal de Contentores de Alcântara é "mais um marco importante de um investimento tremendo", Pedro Nuno Santos sublinhou que a economia portuguesa "se fez e se faz virada para o mar" e que "os portos são uma peça fundamental na cadeia da logística".
Os portos são também "um espelho da economia" e não "apenas portas de entrada e de saída", destacou, sublinhando que Portugal, através da ligação ao Atlântico, ganha centralidade e deixa de ser periférico.
O ministro - que não quis prestar declarações aos jornalistas - assinalou ainda a ligação dos portos à ferrovia, setor em que o Governo quer continuar a apostar. "Não é uma ameaça à rodovia", assegurou, reconhecendo, porém, que é preciso reforçar a transferência do transporte rodoviário para o ferroviário.
Na mesma cerimónia, Robert Yildirim assinalou o "momento importante" em que o grupo a que preside passa a ser "o maior operador portuário em Portugal" (o primeiro investimento foi o porto de Leixões).
"Acreditamos no país e estamos a trabalhar muito para colocar os portos a funcionarem com padrões internacionais", realçou, considerando que estas infraestruturas sofreram, no passado, de falta de investimento e instabilidade laboral.
"Vamos criar emprego", assegurou, mencionando que o grupo gere 22 terminais espalhados pelo mundo.
Segundo o representante, "os portos portugueses têm de ser capazes de competir", por exemplo, com Espanha, e de "explorar oportunidades", nomeadamente em África e na América Latina.
O Terminal de Alcântara é uma das principais infraestruturas portuárias para importação e exportação na Área Metropolitana de Lisboa.
A modernização do terminal de contentores de Alcântara prevê, entre outros, a aquisição de novos pórticos de cais, a reinstalação de edifícios, a demolição dos edifícios TERLIS e Vasco da Gama, a construção de novos acessos e a reformulação da área de parque de contentores.
Em dezembro passado, a Administração do Porto de Lisboa e a concessionária do Terminal de Contentores de Alcântara assinaram um aditamento à concessão, até 2038.
Modernizar e melhorar a eficiência operacional, as condições de segurança e a sustentabilidade ambiental das operações, nomeadamente através de uma redução de 88% das emissões de dióxido de carbono, são os objetivos do projeto de modernização.
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