A agência optou por não se pronunciar na avaliação prevista para maio sobre o 'rating' e a perspetiva de Portugal, datando a última avaliação de 17 de setembro de 2021, quando subiu a notação da dívida portuguesa de 'Baa3', acima de 'lixo', para 'Baa2', com perspetiva estável.
Esta alteração foi justificada com a expectativa de melhoria do crescimento da economia no longo prazo e a confiança de que a dívida pública iria voltar à trajetória descendente.
Uma subida, hoje, pela Moody's do 'rating' de Portugal seria a quarta de uma agência de notação financeira à dívida soberana portuguesa este ano, mas os analistas consultados pela Lusa mostram-se divididos que tal se concretize.
A avaliação desta sexta-feira encerra o ciclo de avaliações das agências de notação financeira à dívida soberana portuguesa previsto para este ano, depois de a Fitch ter decidido subir em outubro o 'rating' de Portugal de "BBB" para "BBB+", com perspetiva estável.
A melhoria do 'rating' da República portuguesa pela Fitch foi a terceira este ano, depois de a DBRS e de a Standard & Poor's também já se terem pronunciado no mesmo sentido.
O 'rating' é uma avaliação atribuída pelas agências de notação financeira, com grande impacto para o financiamento dos países e das empresas, uma vez que avalia o risco de crédito.
Os calendários das agências de 'rating' são, no entanto, meramente indicativos, podendo estas optar por não se pronunciarem nas datas previstas ou avançarem com uma avaliação não calendarizada.
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