A Frente Comum convocou uma greve nacional para esta sexta-feira, dia 18 de novembro, esperando uma "grande adesão" ao protesto. A paralisação vai afetar serviços da educação, saúde, finanças, segurança social e autarquias, mas também áreas com menor visibilidade por não terem atendimento ao público.
A greve acontece assim uma semana da votação final global da proposta de Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), que prevê aumentos salariais de um mínimo de cerca de 52 euros ou de 2% para a administração pública no próximo ano.
Esta sexta-feira, a paralisação vai afetar serviços da educação, saúde, finanças, segurança social e autarquias, mas também áreas com menor visibilidade por não terem atendimento ao público, como "centros de processamento, serviços centrais ou o centro nacional de pensões, disse o sindicalista.
Frente Comum diz que adesão à greve foi superior a 80% no turno da noite
A adesão à greve foi superior aos 80% no turno da noite, com perturbações na recolha de resíduos sólidos em todo ao país e apenas serviços mínimos nos hospitais.
"Os dados que temos da noite mostram um extraordinário arranque da greve, com perturbações na recolha de resíduos sólidos em todo o país e serviços mínimos nos hospitais", disse o coordenador da Frente Comum, Sebastião Santana.
O dirigente sindical, que falava aos jornalistas à porta do Hospital São José, em Lisboa, disse ainda que, hoje de manhã, "já se estão a verificar muitas escolas fechadas, em todo o país, e outras com perturbações".
"Por exemplo, a Universidade de Lisboa tem a cantina fechada e o infantário fechado", afirmou, acrescentando que os números de adesão no turno da manhã ainda estão a ser recolhidos.
Sebastião Santana disse que praticamente todas as 30 estruturas da Frente Comum entregaram pré-avisos de greve para sexta-feira, realçando no entanto que "todos os trabalhadores da administração pública, sindicalizados ou não, podem aderir" ao protesto.
Entre as estruturas da Frente Comum que emitiram pré-avisos de greve estão a Federação Nacional de Sindicatos dos Trabalhadores da Administração Pública, a Federação Nacional dos Professores (Fenprof), a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) e o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL).
[Notícia atualizada às 10h54]
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