Bancos pedem regime de exceção para venda de imóveis
A Associação Portuguesa de Bancos (APB) entregou ao Governo, segundo revela esta sexta-feira o Diário Económico, uma proposta para a criação de um regime de exceção que permita às entidades bancárias venderem imóveis ainda não terminados. Governo comprometeu-se a tomar uma posição a breve trecho.
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Economia Impasse
De acordo com uma notícia publicada esta sexta-feira na edição impressa do jornal Diário Económico, a Associação Portuguesa de Bancos entregou ao Governo liderado por Pedro Passos Coelho uma proposta de criação de um regime de exceção que permita aos bancos venderem alguns dos imóveis por si detidos.
Segundo revela a mesma publicação, o valor dos imóveis detidos por estas entidades ascende aos 6,3 mil milhões de euros, pelo que os bancos tentam agora uma via administrativa que lhes permita ‘livrarem-se’ destes ativos, que muitas vezes são entregues pelos devedores como garantia bancária.
O diploma irá agora merecer a atenção do Governo, que já se comprometeu em dar uma resposta final a APD. “Não ficaremos naquele tradicional ‘nim’, nem não nem sim, iremos ter uma resposta muito em breve”, referiu ao Diário Económico o Secretário de Estado do Ordenamento do Território, Miguel Castro Neto.
Responsáveis desta associação bancária referente que um dos principais fatores explicativos para a apresentação desta proposta ao Governo se prende com a dificuldade que estes têm, por ausência de enquadramento legal, para realizarem este tipo de negócios.
“Os bancos (e outras entidades credoras) não se encontram vocacionados e até estão condicionados e limitados para exercer a atividade de promoção e construção imobiliária. Esses imóveis ficam, assim, sem possibilidade de utilização, pelo que é importante encontrar uma solução para facilitar, simplificar e abreviar a venda de imóveis recebidos por incumprimento de créditos, de modo a permitir a rápida passagem destes para o setor imobiliário”, refere a APB.
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