As reclamações dirigidas à Comboios de Portugal (CP) aumentaram em 66% entre 1 de janeiro e 29 de novembro de 2022, face ao mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados, esta quarta-feira, pelo Portal da Queixa, no mesmo dia em que os trabalhadores dos serviços ferroviários cumprem uma greve de 24 horas, com impacto em todo o país.
Os atrasos e supressões de comboios representam 41% do total das queixas, ao passo que a falta de informação é responsável por 24%. Problemas com compra online de bilhetes (16%) e más condições (15%) seguem-se na lista das principais queixas dos consumidores, revela o Portal da Queixa, em comunicado enviado às redações.
"Entre os dias 1 de janeiro e 29 de novembro deste ano, os consumidores registaram 281 reclamações dirigidas à CP, o que significa um crescimento de 66% do número de queixas, em relação ao período homólogo de 2021, onde os portugueses apresentaram apenas 169 queixas", pode-se ler na mesma nota.
Os trabalhadores da CP cumprem esta quarta-feira, a par dos profissionais da Infraestruturas de Portugal (IP), uma paralisação de 24 horas, reivindicando o cumprimento do acordo de empresa, bem como um prémio financeiro para combater os efeitos da crescente inflação.
A adesão à greve - entre as 00h00 e as 8h00 - é superior a 80%, disse à agência Lusa José Manuel Oliveira, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS).
Por causa da greve, a CP disse ter suprimido 143 das 252 ligações ferroviárias que tinha programadas até às 8h00, estando a ser cumpridos os serviços mínimos.
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