O documento, que se encontra em consulta pública, apresenta, na área da região de Coimbra, aquele que era o ramal da Figueira da Foz, também conhecido como ramal da Pampilhosa, que passava por Cantanhede e que tinha ligação à Linha do Norte e à Linha da Beira Alta.
Questionado pela agência Lusa, o Ministério das Infraestruturas e da Habitação confirmou que a versão agora em consulta pública "propõe o retomar de um serviço ferroviário entre Cantanhede e Coimbra, colocando como hipótese de partida a criação futura de ligações frequentes entre Figueira da Foz e Cantanhede, passando por Coimbra e usando o troço atualmente desativado de linha férrea entre Pampilhosa e Cantanhede".
Segundo o Ministério das Infraestruturas e da Habitação, "trata-se de uma hipótese de partida que não exclui necessariamente outras opções que se venham a revelar pertinentes".
Nesse sentido, o ministério salientou que o grupo de trabalho do PFN "mantém um diálogo aberto com a CIM [Comunidade Intermunicipal] de Coimbra para analisar os diferentes eixos em estudo para a futura expansão do Sistema de Mobilidade do Mondego [SMM] numa lógica de complementaridade com a ferrovia".
Um estudo encomendado pela CIM da Região de Coimbra e recentemente divulgado propõe uma extensão do SMM, que vai funcionar com recurso a autocarros elétricos, para Cantanhede, aproveitando, em alguns momentos, o ramal da Figueira da Foz.
Em 2013, o na altura presidente da Câmara de Cantanhede, João Moura, defendia a reativação daquela linha.
Em 2014, a CIM da Região de Coimbra defendeu a requalificação do ramal que liga a Figueira da Foz à Pampilhosa, tendo voltado a defender a mesma proposta em 2017.
No entanto, a CIM acabou por apresentar uma candidatura a fundos comunitários de um projeto de transformação em ecopista do antigo ramal da Figueira da Foz, que acabou por ser recusada em fevereiro de 2021.
O ramal da Pampilhosa fazia a ligação entre aquela estação, na linha do Norte, e a Figueira da Foz, e foi desativado, por razões de segurança, a 05 de janeiro de 2009, na altura para a realização de obras de modernização que nunca se verificaram.
Em 2011, o processo de reabertura foi suspenso.
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