"Já se conseguiu boa parte da retoma daquilo que existia, em termos de procura, em 2019", disse à Lusa o presidente da Associação do Alojamento Local Em Portugal (ALEP), Eduardo Miranda.
Os centros urbanos -- sobretudo Lisboa, Porto e Funchal -- esperam "taxas de ocupação na ordem dos 70 a 75%", especialmente na semana do fim de ano, já que no Natal é habitual serem "um pouco menos", referiu.
A capital madeirense "é a mais procurada para o fim de ano", indica Eduardo Miranda, falando na "descoberta nacional do fim de ano no Funchal", que "já era um destino muito conhecido a nível internacional".
A novidade é que "agora, talvez por causa da própria pandemia, que atraiu muito gente nacional do Continente para o Funchal, o Funchal está a ter um desempenho bastante favorável", explica.
Também nas instâncias de veraneio, como Algarve e Ericeira, "há sempre uma subida" na altura das festas, mas "nunca foram zonas com grande ocupação no fim de ano", realça.
No que respeita à procura, há um "destaque muito grande" para os cidadãos dos Estados Unidos e também do Canadá, "algo que não era tão comum no passado", observa.
"Já no verão se notou um peso importante dos americanos, em especial nos centros urbanos, mas chegando inclusive ao Algarve, que não era um destino comum", reconhece.
"Claro que no fim de ano também há clientes de proximidade, no caso de Espanha, especialmente no Norte, que aproveitam a proximidade para vir", acrescenta.
Recordando que os últimos dois anos, impactados pela pandemia de covid-19, foram "muito difíceis" para o setor do alojamento local, atividade que "praticamente paralisou", o presidente da ALEP assinala que a época festiva é "importantíssima, porque esse período, para boa parte do país, é um período de época baixa no turismo, vai desde novembro até fevereiro/março e o Natal e o ano novo permitem, assim, dar um fôlego, criar algumas reservas mínimas, para enfrentar o inverno".
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