"Não há rutura". Falta de ovos deve-se a "falhas momentâneas de stock"

A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição tranquiliza os consumidores e diz que a falta de ovos está relacionada com "falhas momentâneas de stock". Espera-se um "comportamento racional" por parte dos consumidores, já que a produção de ovos "leva o seu tempo".

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Beatriz Vasconcelos
04/01/2023 07:52 ‧ 04/01/2023 por Beatriz Vasconcelos

Economia

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A falta de ovos nas prateleiras dos supermercados é uma realidade que tem vindo a verificar-se desde antes do Natal, mas a situação agravou-se com o aumento da procura. Contudo, o  diretor-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), Gonçalo Lobo Xavier, assegurou ao Notícias ao Minuto que esta escassez está relacionada com falhas momentâneas de stock, descartando uma rutura. 

"A APED considera que importa deixar uma nota de tranquilidade aos consumidores pois não há rutura de stocks em nenhuma categoria de produtos. Em alguns casos, a indisponibilidade de alguns produtos, e no caso concreto, ovos, deve-se apenas a falhas momentâneas de stock devido a um aumento de procura - natural na altura das festas do Natal e do fim de ano, e ou na demora pontual na reposição da mercadoria em loja que nesta altura tem demorado mais do que o desejado", revelou Gonçalo Lobo Xavier.

O preço dos ovos disparou por causa da inflação e devido à escassez em toda a Europa com a gripe aviária. De acordo com a SIC Notícias, os produtores temiam mesmo que faltassem ovos no Natal.

Produção de ovos não é 'industrial' e leva o seu tempo

A escassez deste alimento não ameaçou as típicas iguarias de Natal, mas facto é que nos últimos dias têm chegado ao Notícias ao Minuto vários relatos de consumidores que se veem confrontados com a impossibilidade de comprar ovos nos supermercados. 

Contudo, Gonçalo Lobo Xavier garante a reposição de stock está a ser feita, mas alerta que a produção de ovos leva o seu tempo: 

"Se espaços existiram onde as prateleiras se encontraram vazias de manhã, devido ao aumento de procura, da parte da tarde a maioria das lojas já apresentava normalidade. A produção de ovos não é 'industrial' e leva o seu tempo pelo que a normalidade regressará em breve, esperando-se um comportamento racional por parte dos consumidores", referiu o diretor-geral da APED. 

Um surto de gripe das aves matou 50,54 milhões de aves nos EUA em 2022, sendo que este número faz deste o surto mais mortal da história do país, segundo dados divulgados pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês).

Também no Reino Unido e em outros países europeus registaram-se surtos de gripe das aves, mas, em Portugal, de acordo com a Direção-Geral de Alimentação e Veterinário (DGAV), não se corre esse perigo.

A DGAV garantiu que, neste momento, não se encontra nenhum foco de doença ativo, tendo morrido ou sido abatidas, este ano, 477.613 aves, "no âmbito das medidas de controlo e erradicação dos focos em aves domésticas".

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