Um cabaz de bens alimentares considerados essenciais custa agora 224,67 euros, de acordo com a monitorização semanal de preços da DECO Proteste. Significa isto que o cesto de compras já aumentou mais de 41 euros desde o início da guerra.
"Na terceira semana do ano (a 18 de janeiro), um cabaz de bens alimentares essenciais pode custar às famílias portuguesas 224,67 euros. Este valor representa uma subida de 19,70% (mais 36,97 euros) face a 19 de janeiro de 2022. Já se compararmos este valor com o que se registava a 23 de fevereiro, véspera do início do conflito armado entre a Ucrânia e a Rússia, a subida é de 22,35%, ou seja, mais 41,04 euros exatamente pelos mesmos produtos", adianta a organização de defesa do consumidor.
Só desde o início deste ano, o cabaz de alimentos essenciais monitorizado pela DECO Proteste já registou uma subida de 5,27 euros (2,40%).
"A contribuir para este aumento está, por exemplo, a pescada, que, entre 4 e 18 de janeiro deste ano, já aumentou 3,39 euros (41%). Custa atualmente 11,59 euros por quilo. Aliás, entre 23 de fevereiro de 2022 e 18 de janeiro de 2023, a pescada foi um dos produtos que mais viram o seu preço subir, com um aumento de 92%, ou seja, de 5,56 euros por quilo. Em rota ascendente destaca-se também o arroz carolino, que desde essa data já aumentou 94%, de 1,14 euros para 2,21 euros", pode ainda ler-se.
Desde 5 de janeiro de 2022 que a DECO tem monitorizado todas as quartas-feiras, com base nos preços recolhidos no dia anterior, os preços de um cabaz de 63 produtos alimentares essenciais, sendo que "esta análise tem revelado aumentos quase todas as semanas, com alguns produtos a registarem subidas de preços de dois dígitos de uma semana para a outra".
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