Gigante italiana Eni vai investir 8 mil milhões no gás da Líbia
A multinacional italiana de energia Eni vai investir 8 mil milhões de dólares (cerca de 7,4 mil milhões de euros) no desenvolvimento de locais de gás 'offshore' na costa da Líbia, foi hoje anunciado.
© Getty Images
Economia Energia
"Chegámos a um acordo com a Eni para o desenvolvimento do setor de petróleo e gás, visando dois campos 'offshore' capazes de produzir 850 milhões de metros cúbicos de gás" por dia, disse o presidente da Companhia Nacional de Petróleo da Líbia (NOC), Farhat Bengdara, em entrevista televisiva ao canal local al-Masar.
Questionada pela AFP, a Eni não quis comentar.
Este acordo "entre o NOC e a Eni será assinado no sábado, dia 28 de janeiro, em cerimónia oficial, para o investimento de 8 mil milhões de dólares para o desenvolvimento destes dois campos", precisou Bengdara.
Uma visita do primeiro-ministro italiano, Giorgia Meloni, está marcada para os próximos dias em Tripoli, segundo a imprensa líbia e italiana.
Quase onze anos após a queda de Muammar Gaddafi, a Líbia, que possui as reservas de petróleo mais abundantes de África, continua dividida entre fações rivais do leste e do oeste.
Desde março, dois governos disputam o poder, um baseado em Tripoli (oeste) e reconhecido pela ONU, outro apoiado pelo parlamento e pelo campo do marechal Khalifa Haftar, o homem forte do Oriente.
Na última década, a Líbia tem sido regularmente assolada por confrontos violentos entre fações rivais do Oriente e do Ocidente, que afetaram a exploração dos depósitos, o transporte de hidrocarbonetos e os terminais de petróleo.
Em dezembro, a NOC pediu às empresas estrangeiras do setor de hidrocarbonetos que retomassem as suas operações de exploração e produção.
Na altura, a NOC explicou que tinha realizado uma "avaliação" da situação de segurança e notado uma "melhoria dramática" em alguns locais onde antes era difícil operar.
Este setor vital para a economia da Líbia precisa de investimentos estrangeiros para atingir os níveis de produção esperados, com o país a pretender aumentar a sua produção de petróleo para 2 milhões de barris por dia, quase o dobro em relação ao nível atual de 1,2 milhões.
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