'Saída limpa' dá margem para negociação madeirense
Depois de anunciado na semana passada que Portugal não iria recorrer a um programa cautelar no período pós-troika, o jornal Público adianta esta terça-feira que Alberto João Jardim irá pedir uma negociação do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro imposto no final de 2011.
© REUTERS
Economia Ajustamento
De acordo com uma notícia avançada pelo jornal Público, o governo regional da Madeira irá pedir uma renegociação de algumas das medidas impostas em 2011, altura em que o Governo da República instaurou um plano de Ajustamento Económico e Financeiro com vista à recuperação económico desta região, motivado em grande parte pela saída da troika de Portugal e a escolha de uma saída limpa por parte de Portugal.
O pedido, avança a mesma publicação, deverá ser formalizado em junho, altura em que as delegações do continente e da região autónoma se encontram, sendo que subjacente ao mesmo estará uma solicitação de flexibilização de algumas regras acordadas, nomeadamente o alargamento do prazo de pagamentos da dívida e a redução dos juros.
Para já Alberto João Jardim prefere apontar para depois da saída da troika qualquer declaração sobre este tema, afirmando, todavia, em declarações ao Público, que irá conversar em breve com o primeiro-ministro. “Eu não quero falar publicamente dessas coisas antes da saída da troika, até para evitar interferência da troika nisto. [Em breve, vamos conversar] sobre os novos moldes que assume o programa”, declarou, citado por esta publicação.
Por outro lado, o socialista Carlos Pereira, líder parlamentar madeirense, gostaria de ver o processo andar de forma mais célere uma vez que não concorda com os sacrifícios impostos aos habitantes da região. “Insistir em ajustamentos pagos com rendimentos das pessoas, aumentos de impostos e cortes na saúde e no investimento público é arruinar o potencial económico da região”, defende o socialista para justificar a sua posição.
Relembre-se que o programa de assistência à Madeira ascendeu a 1,5 mil milhões de euros, e foi concedido para permitir sanear as contas públicas desta região, tendo sido assinado a 27 de janeiro de 2012.
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