A estimativa rápida divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) aponta para uma desaceleração da taxa de inflação em janeiro, mas, afinal, como é que a subida dos preços tem impacto no salário dos portugueses? A Pordata disponibiliza uma ferramenta que ajuda a responder a esta questão.
Pode aceder ao simulador aqui. A título de exemplo, para um salário de 1.000 euros, o poder de compra após a inflação é de 917 euros, o que significa que o trabalhador perde 83 euros.
"Esta ferramenta permite converter um determinado montante, utilizando o valor mensal do Índice de Preços no Consumidor (IPC). Trata-se de transformar valores a preços correntes/nominais em valores a preços constantes/reais, descontando a inflação. O cálculo é efetuado com base no último valor mensal do índice divulgado pelo INE", explica a Pordata.
A taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) baixou para 8,3% em janeiro, face aos 9,6% de dezembro, segundo a estimativa rápida avançada na terça-feira pelo INE.
De acordo com o INE, "tendo por base a informação já apurada, a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá diminuído, pelo terceiro mês consecutivo, para 8,3% em janeiro de 2023, taxa inferior em 1,3 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior".
Quanto ao indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) terá registado uma variação de 7,0% em janeiro (7,3% no mês anterior).
Governo acompanha de forma "atenta" inflação dos produtos alimentares
O ministro das Finanças admitiu que a taxa de inflação dos produtos alimentares não transformados é uma "fonte de atenção", mas descarta para já novas medidas de apoio, apesar de garantir acompanhar de forma "rigorosa" a evolução da economia.
"É um processo de descida que esperamos que se possa iniciar, ocorrerá de uma forma mais tardia do que as outras componentes. É naturalmente uma fonte de atenção, na medida em que as famílias estão em primeira linha confrontadas com os produtos alimentares, que todas têm necessidade de consumir", afirmou o governante.
Fernando Medina recordou que esta é "talvez a última componente que nos falta para iniciar a trajetória de descida" para que "a descida do indicador global seja ainda mais significativa".
Questionado sobre se poderão ser tomadas medidas neste âmbito, o ministro considerou ser "cedo para antecipar iniciativas fora do quadro do Orçamento", recordando que existe "um conjunto de medidas que vai agora entrar em vigor".
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