Wall Street fecha em alta animada com Reserva Federal e IA
Na bolsa nova-iorquina encerrou hoje em alta, com os investidores tranquilizados com o tom moderado do presidente da Reserva Federal (Fed), Jerome Powell, durante uma entrevista, e entusiasmados com os anúncios da Microsoft sobre a inteligência artificial.
© Getty Images
Economia Bolsa de Nova Iorque
Os resultados definitivos indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average ganhou 0,78%, o tecnológico Nasdaq progrediu 1,90% e o alargado S&P500 subiu 1,29%.
A sessão tinha começado em baixa, com um ambiente de prudência antes da intervenção de Jerome Powell, a meio do dia, nos EUA.
Segundo o banqueiro central, questionado pelo presidente do Conselho Económico, David Rubenstein, em Washington, "se os dados económicos continuarem a ser mais elevados do que previsto", a Fed (aumentará) "certamente mais as taxas" do que admitia até agora.
Powell referia-se às 517 mil criações de emprego anunciadas na sexta-feira pelo Departamento do Trabalho, no mês de janeiro, praticamente o triplo das projeções dos economistas (187 mil).
O responsável também voltou a defender a necessidade de manter as taxas a um nível elevado até ao final do ano, porque o crescimento de preços não se deve aproximar da meta de dois por cento antes de 2024.
Os números surpreendentes do emprego "não alteraram verdadeiramente a mensagem do presidente Powell", destacou Bill Adams, do Comerica Bank.
Contudo, os operadores foram encorajados pelas múltiplas referências, por Powell, ao enfraquecimento do crescimento dos preços, bem como pelo seu tom "mais simpáticos, interpretado pelos investidores como menos agressivo" no plano monetário, na opinião de Steve Sosnick, da Interactive Brokers.
Segundo este analista, os investidores "continuam a pensar que a Fed vai parar de subir a sua taxa, e depois baixá-la", apesar do seu discurso. "Os investidores são por vezes levados pelo entusiasmo, e é o que se está a passar", acrescentando que "o movimento está sustentado e a tendência permanece altista".
O Nasdaq beneficiou da Microsoft, que revelou hoje várias inovações apoiadas na inteligência artificial, dita geradora, que cria conteúdos para os utilizadores.
O grupo de Redmond, no oeste dos EUA, vai integrar o programa ChatGPT no seu motor de busca Bing, o que pode relançar a Microsoft neste setor esmagadoramente dominado pela Google.
A Alphabet, holding (empresa de controlo) da Google, também beneficiou deste movimento, depois de ter apresentado, na segunda-feira, a sua versão do ChatGPT, batizado Bard.
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