Segundo a agência France Presse, este lucro líquido, impulsionado pelos preços do gás e do petróleo, é um dos melhores da história do CAC40, o índice bolsista que reúne as 40 maiores empresas cotadas em França.
Excluindo as perdas relacionadas com a saída do grupo francês da Rússia, de mais de 14 mil milhões de euros, o lucro líquido ajustado da empresa chega aos 33,8 mil milhões de euros, um nível que deverá reavivar mais uma vez os debates sobre os "superlucros" do setor energético, sobretudo em tempos de guerra.
Tal como os seus concorrentes americanos e britânicos, a empresa francesa beneficiou da subida do preço dos hidrocarbonetos, em particular do gás, na sequência da guerra na Ucrânia, que provocou o encerramento dos gasodutos russos e uma corrida ao gás natural liquefeito (GNL) para o substituir em toda a Europa.
No quarto trimestre, o grupo voltou a beneficiar de um "ambiente favorável, bem como do aumento da produção de hidrocarbonetos (+5%) e das vendas de GNL (+22%)", comentou o diretor executivo do grupo, Patrick Pouyanné, num comunicado de imprensa.
Em 2022, "a empresa aproveitou ao máximo seu portfólio global de GNL", acrescentou.
Tendo em conta estes resultados, a TotalEnergies vai atribuir aos seus acionistas um dividendo total de 3,81 euros por ação para o ano de 2022, incluindo um euro de dividendo excecional, já pago em dezembro de 2022.
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