"Estamos a aguardar que a Assembleia da República termine o trabalho no âmbito da Agenda do Trabalho Digno, também há movimentações a nível europeu, justifica-se perceber qual é a conclusão que vai existir nessas duas dimensões", disse Duarte Cordeiro.
O ministro do Ambiente e da Ação Climática, que falava na audição da Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, sublinhou que "não parece fazer sentido" avançar com a revisão da lei sem serem conhecidas as propostas concretas.
O Governo adiou para este ano as alterações às leis específicas que regem a atividade dos táxis e de TVDE - Transporte Individual e Remunerado de Passageiros em Veículos Descaracterizados a partir de Plataforma Eletrónica.
Atualmente, quatro anos após a lei, publicada em Diário da República em agosto de 2018, são três as plataformas a trabalhar no país: Uber, Bolt e FREENOW, esta última criada a partir da MyTaxi (serviço de transporte em táxis através de uma aplicação de telemóvel) e que integra também os TVDE da antiga Kapten.
Em relação ao setor do táxi, Duarte Cordeiro, avançou estar "para breve" a apresentação da proposta legislativa.
"No tema do táxi estamos mais adiantados, vamos apresentar em breve essa proposta legislativa", sublinhou.
Em julho de 2020, o executivo criou um grupo de trabalho composto por 13 entidades ligadas ao setor e aos transportes para a modernização do setor do táxi, centrado na contingentação, na digitalização e nos tarifários.
O relatório do grupo de trabalho reconheceu que o táxi "é um serviço público", diferenciando-se de outros segmentos específicos do mercado de transporte de passageiros em veículos ligeiros.
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