Preços do GPL engarrafado entre 8% e 10% superiores à estimativa da ERSE
Os preços do GPL engarrafado anunciados pelos operadores em janeiro foram entre 8% e 10% superiores à estimativa da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), segundo o Relatório Mensal de Supervisão dos Preços do GPL engarrafado, hoje divulgado.
© Lusa
Economia Gás
De acordo com o relatório sobre os preços do gás de petróleo liquefeito (GPL) engarrafado, o regulador verificou, em janeiro, "na garrafa G26 de propano [11 quilogramas (kg)] uma diferença de 8,4%, representando um preço anunciado superior ao preço eficiente em 2,600 euros/garrafa", "na garrafa G110 de propano [45 kg] uma diferença de 8,9%, representando um preço anunciado superior ao preço eficiente em 9,886 euros/garrafa" e "na garrafa G26 de butano [13 kg] uma diferença de 9,8%, representando um preço anunciado superior ao preço eficiente de 3,054 euros/garrafa".
A ERSE tinha estimado que, em janeiro, o preço médio mensal (preço eficiente) para o GPL engarrafado descesse 2,75% na garrafa G26 de propano, 3,12% na G110 e 4,69% na G26 de butano, face a dezembro, em linha com as cotações internacionais.
Refletindo a "trajetória de descida nas cotações dos mercados internacionais, os preços eficientes são de 28,21 euros para a garrafa G26 de propano, representando uma descida de 2,75% face ao preço eficiente de dezembro; 101,30 euros para a garrafa G110 de propano, representando uma descida de 3,12% face ao preço eficiente de dezembro; 28,18 euros para a garrafa G26 de butano, representando uma descida de 4,69% face ao preço eficiente de dezembro", indicou a ERSE, em 19 de janeiro.
Em novembro e dezembro o regulador tinha já observado preços superior à sua estimativa, após a intervenção no mercado que fixou preços máximos para as garrafas de propano e butano nas tipologias T3 e T5, entre 15 de agosto e 30 de outubro.
"Em setembro e outubro, os preços anunciados encontravam-se alinhados aos preços eficientes, fruto da intervenção regulatória no mercado", apontou a ERSE.
Em meados de agosto, o Governo voltou a fixar preços máximos para o gás engarrafado, tal como já tinha acontecido durante a pandemia de covid-19, tendo a ERSE apontado a existência de problemas estruturais no mercado, com preços desfasados das cotações internacionais, para justificar a fixação de valores máximos.
O Governo pode voltar a fixar preços máximos, caso o regulador sinalize a existência de margens abusivas por parte dos operadores.
Já para fevereiro, refletindo a "trajetória de subida nas cotações dos mercados internacionais", o regulador estima que o preço médio mensal (preço eficiente) para o GPL engarrafado seja de 29,40 euros para a garrafa G26 de propano, representando uma subida de 4,20% face ao preço eficiente de janeiro, de 106,136 euros para a garrafa G110 de propano, representando uma subida de 4,77%, e de 29,03 euros para a garrafa G26 de butano, representando uma subida de 3,01%.
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