Grupo Air France-KLM sai do vermelho e obtém lucro de 728 milhões em 2022
O grupo Air France-KLM saiu de terreno negativo, em que caiu desde o início da pandemia, e obteve um lucro de 728 milhões de euros graças, em particular, a um aumento da atividade e à contenção de custos, foi hoje anunciado.
© Lusa
Economia Air France
"Encerramos o ano com um resultado líquido positivo, um sinal de que virámos a página da covid-19 e olhamos para o futuro com confiança na nossa capacidade de enfrentar os desafios futuros", disse o CEO (Chief Executive Officer), Benjamin Smith, num comunicado divulgado hoje com os números de 2022.
Após dois anos de perdas pesadas (3.292 milhões de euros em 2021 e 4.548 milhões de euros em 2020), o que explica esta viragem em 2022 foi o aumento de 84,4% do volume de negócios para 26.393 milhões de euros, e o facto de o volume de negócios do quarto trimestre ter atingido um nível máximo de 7.128 milhões de euros.
A empresa movimentou 83,3 milhões de passageiros no ano passado, mais 86,5%, verificando um aumento da capacidade de 44,2%.
A taxa de ocupação dos aviões do grupo aumentou 24,8 pontos percentuais e a receita unitária por lugar oferecido e por quilómetro em 51,6%.
No ano passado, os custos de pessoal foram reduzidos em 10% em relação a 2019, antes da crise da pandemia, justificada pela redução de 16% no número de efetivos da Air France (excluindo a subsidiária de baixo custo Transavia) e de 9% da KLM.
O resultado operacional também passou para terreno positivo com 1.193 milhões de euros, ou seja, uma diferença de 2.819 milhões de euros em comparação com o buraco em 2022.
Como resultado, a margem de exploração foi de 4,5%, três décimas de ponto percentual superior à de 2019.
A maior parte do resultado operacional surgiu do negócio de passageiros da Air France e KLM, com 1.131 milhões de euros, após os 1.682 milhões de euros negativos em 2021.
O negócio da manutenção contribuiu com mais 163 milhões de euros, enquanto a Transavia ainda permaneceu no vermelho com 100 milhões de euros.
Na sequência dos planos de resgate dos Estados francês e holandês durante a crise da pandemia, que lhe permitiu sobreviver, a empresa reembolsou desde 2021 e até ao final de 2022 um total de 4.900 milhões de euros de ajudas de liquidez.
A dívida no ano passado foi reduzida em 1.879 milhões de euros, para 6.337 milhões de euros em 31 de dezembro.
Em março, a empresa pretende reembolsar os restantes 2.500 milhões de euros dos empréstimos públicos que recebeu.
A confiança do grupo de que a atividade continuará a recuperar em 2023 reflete-se nos anúncios sobre a sua oferta de lugares: entre 90 e 95% do que tinha em 2019 nos dois primeiros trimestres e "acima de 95%" no segundo semestre do ano.
A Transavia será um dos principais motores desta recuperação, com uma oferta que excederá a do último ano antes da crise da pandemia: cerca de 135% para 2023 como um todo.
O grupo espera que as suas capacidades regressem aos níveis de 2019, a partir de 2024.
A médio prazo, o seu objetivo financeiro é atingir uma margem de exploração de 7% a 8%.
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