Cabos submarinos? Altice diz que 2024 "é já ao virar da esquina"

A presidente executiva da Altice Portugal disse à Lusa que está a colaborar nas ligações por cabo submarino entre continente e ilhas, mas alerta que a vida útil até 2024 é "já ao virar da esquina".

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Lusa
23/02/2023 21:46 ‧ 23/02/2023 por Lusa

Economia

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Ana Figueiredo falava à Lusa à margem da apresentação das quatro grandes áreas de atuação da Altice Portugal e da nova linha de comunicação da marca, que decorreu no Altice Arena, em Lisboa.

Em 24 de janeiro, o presidente da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) afirmou, no parlamento, que a Altice Portugal afirmava estar "em condições de manter as operações atuais" dos cabos submarinos até final de 2028.

Questionada hoje sobre quantos cabos submarinos estão envolvidos no tema, a executiva salientou que se trata de um anel que liga o continente à Madeira, a Madeira aos Açores e os Açores ao continente.

"São três cabos, desses três cabos, temos dois que o seu período de vida útil termina 2024, portanto, é já no próximo ano, no final do próximo ano", explicou Ana Figueiredo.

O período de vida útil do terceiro termina em 2028.

"Com a responsabilidade que temos nós vamos colaborar e temos vindo a colaborar com o Governo, com a IP Telecom (...) para assegurar a transição e para assegurar a operação do cabo atual enquanto for necessário", sublinhou.

"Mas gostaria também de salientar que é necessário acelerar porque 2024 é já ao virar da esquina", advertiu.

Anteriormente, na conferência de imprensa, quando questionada pelos jornalistas acerca da consulta pública lançada por Bruxelas sobre como pagar a inovação na Internet, em que se discute se as 'big tech' (gigantes tecnológicas) devem participar, o denominado 'faire share', Ana Figueiredo avançou que irá em março a Bruxelas.

No final de março "vou deslocar-me a Bruxelas [onde] vou ter uma reunião também com outros operadores" que fazem parte da ETNO, em que vão estar os presidentes executivos, e também com a comissária europeia Margrethe Vestager e "vamos discutir este tema do 'faire share'", disse.

O investimento "que está a ser pedido exclusivamente aos operadores de telecomunicações na Europa é enorme" e "a uma velocidade acrescida", salientou, referindo que os cálculos sobre o 5G foram feitos antes da pandemia.

Ana Figueiredo considera que este não é "um tema fácil", o qual também está a ser debatido nos Estados Unidos, prevendo que saia uma "solução mais rápida" em Washington do que na Europa.

A consulta pública versa sobre a definição de quem vai pagar o desenvolvimento das infraestruturas de conectividade, tais como a rede de 5G para os telemóveis. Até agora têm sido as grandes operadoras de telecomunicações, mas a Comissão Europeia quer debater se outro tipo de empresas do setor da informação digital deveriam ser chamadas a comparticipar, as chamadas 'big tech'.

Sobre diversificação, Ana Figueiredo disse que a Altice Portugal olha "diariamente" e avalia "oportunidades" do mercado.

Em resposta aos jornalistas disse que a dona da Meo pretende continuar a consolidar na energia, como em outras áreas em que já está presente.

Relativamente à televisão digital terrestre (TDT), recordou que a Meo tem interesse em renovar a concessão, que termina no final deste ano, se um conjunto de condições forem garantidas, já que ao longo dos últimos 15 anos o contrato sofreu vicissitudes.

O grupo procura a garantia de previsibilidade e aguarda uma posição do regulador Anacom e do Governo.

Leia Também: Altice Portugal está a "acompanhar o processo" de compra da Nowo

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